Inspirado em Simpsons, catarinense vende produtos para canhotos na internet

  • 31 Jan 2016
  • 19:02h

(Foto: Reprodução)

Os canhotos representam apenas 10% da população mundial. Por conta disso, a maioria dos utensílios encontrados no mercado são voltados para pessoas que têm mais facilidade em utilizar a mão direita, condição que dificulta a execução de tarefas simples para aqueles que preferem a esquerda. Foi pensando nisso que o catarinense Ricardo Michels Silva abriu a No Destro, loja especial para canhotos.  Ricardo, que é destro, teve a ideia do empreendimento ao perceber a dificuldade da ex-namorada canhota em realizar uma dessas tarefas do dia a dia. Posteriormente, foi impulsionado pela lembrança de um episódio dos Simpsons, famosa série americana. "Ela estava descascando uma laranja e disse que dava muito trabalho porque o dente da faca era ao contrário. Daí, me lembrei que, nos Simpsons, o Ned Flanders tinha uma loja para canhotos. Pesquisei e descobri que elas realmente existiam. Encontrei nos Estados Unidos e em Londres", conta o empreendedor em entrevista ao iG. Antes de abrir a No Destro, que está prestes a completar um ano de atividade, Ricardo não tinha experiência com administração de negócios. 

Funcionário público, ele diz que criou a loja "com a cara e a coragem" e viu na internet uma oportunidade de conciliar seu trabalho com o empreendimento. "Pensei em abrir algo online. Dessa forma, conseguiria continuar na prefeitura e apenas responder aos clientes pelo site ou WhatsApp", diz Ricardo, que controla sozinho as operações da loja.  Atualmente, a loja coloca mais de 50 produtos à disposição dos canhotos. É possível encontrar canecas, estiletes, bumerangues, cadernos e diversos tipos de tesouras. Os produtos mais vendidos, segundo Ricardo, são os abridores de lata e as canetas. "Quando o canhoto escreve, ele acaba borrando o texto com a mão. Esta caneta especial já é levemente torta, para facilitar a escrita, e a tinta seca mais rápido", explica. Em breve, guitarras e violões também serão colocados nas prateleiras virtuais da No Destro. A missão de encontrar os produtos, no entanto, não foi das mais simples. O empreendedor precisou procurar por lojas do exterior que antendessem no Brasil e, inclusive, mandar fabricar alguns itens, como os cadernos.  Para inaugurar a loja, o funcionário público investiu cerca de R$ 10 mil. O retorno, porém, ainda não foi obtido. Com lucro de R$ 5 mil, dezembro foi o primeiro mês em que a No Destro apresentou resultados positivos. 


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