Em parceria com a Petrobras e a Shell, Senai Cimatec inaugura planta para monitoramento de reservatórios de petróleo

  • Bahia Notícias
  • 10 Dez 2024
  • 14:25h

Foto: Divulgação/Bahia Notícias

O Senai Cimatec, localizado em Salvador, inaugurou uma planta de produção de nós sísmicos submarinos OD OBN (On-demand Ocean Bottom Nodes), a primeira deste tipo no mundo, na última sexta-feira (6). O equipamento tem o objetivo de gerenciar reservatórios de petróleo, especialmente no pré-sal brasileiro.

Os nós OD OBN são sensores que captam ondas sísmicas refletidas nos reservatórios de petróleo. Essas informações são processadas em supercomputadores, permitindo o ajuste das taxas de extração e reinjeção de água e gás para estimular a produção dos poços.

A iniciativa recebeu um total de R$ 72 milhões investidos pela Petrobras e Shell Brasil, por meio da cláusula de PD&I da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), parceiros do projeto junto com a Sonardyne.

Já foram executados testes de performance e funcionalidade, inclusive em águas profundas. A etapa atual vai produzir um sistema-piloto com 600 nós, fabricados no CIMATEC Park, para testes em escala real em um campo petrolífero do pré-sal. A produção irá envolver investimentos em infraestrutura de galpões e máquinas com a a integração de diferentes empresas e instituições.

“A inauguração desta planta é uma etapa muito aguardada. O OD OBN é um sistema inovador que utiliza nós de fundo oceânico sob demanda, que registram dados sísmicos e se comunicam diretamente com o FlatFish – o primeiro veículo autônomo submarino brasileiro também fruto de um investimento da Shell Brasil,” pontua Olivier Wambersie, gerente geral de Tecnologia da Shell Brasil.

O complexo inclui uma linha de montagem de placas eletrônicas, linha de usinagem, metrologia, anodização, montagem e testes dos nós, além de um tanque de testes de comunicação acústica e ótica. “Pela primeira vez, estamos desenvolvendo, no Brasil, a tecnologia que nos permitirá o monitoramento sísmico dos campos do Pré-Sal. Isso mostra que o desenvolvimento e investimento em ciências e tecnologia, por meio de parcerias entre empresas e instituições de pesquisa brasileiras, podem gerar desenvolvimento industrial no país”, explicou a gerente executiva do Cenpes da Petrobras, Lílian Barreto.

 “É um produto comercial de maior grau tecnológico, melhorando nossa eficiência operacional offshore, refletindo menor risco para nossos empregados e descarbonizando nossas operações,” reforçou a gerente executiva.