Conquista: Homem morre em partida de futebol

  • Blog do Anderson
  • 10 Mar 2014
  • 08:01h

(Foto: Reprodução)

Foi sepultado em Vitória da Conquista, ao meio dia deste domingo (9), o corpo de Carlos Campos Nascimento, de 41 anos. Chiquinho, como era conhecido o representante comercial, foi vítima de um infarto fulminante durante uma partida de futebol neste sábado (8). O velório que aconteceu na Comunidade Evangélica Candeias atraiu milhares de pessoas que saíram em cortejo até o Cemitério Parque da Cidade. Além de futebol, Chiquinho também era praticante de ciclismo.

Chapada: Sequestro de família de funcionário do BB de Ipirá termina em perseguição

  • JC
  • 10 Mar 2014
  • 07:54h

No confronto, um bandido foi morto e identificado como Gilberto Santos dos Reis, de 25 anos, natural de Itabuna | FOTO: Cristina Villarino |

Um funcionário do Banco do Brasil, identificado pelo prenome Kleber, e sua família viveram momentos de terror na noite deste domingo (9), no município de Ipirá. Segundo a polícia, um sequestro em andamento resultou em perseguição e, durante a fuga, os bandidos deflagraram mais de 100 tiros contra os oficiais na BA-052. Tudo começou quando a vítima (Kleber) foi abordada por dois criminosos no momento em que estava dentro de seu carro, na porta de casa, localizada no Bairro Agnaldo Lima, próximo à prefeitura. Os bandidos invadiram a casa de Kleber, mas um vizinho notou o que estava acontecendo e acionou a polícia. No momento em que os bandidos estavam saindo da residência foram surpreendidos pela polícia e o funcionário do banco, que estava com a esposa e o filho, ficaram no meio do fogo cruzado. Os bandidos ordenaram que Kleber fosse dirigindo e fizeram várias ameaças dentro do carro. No entanto, ao passar pelo “campo de Paulo”, trecho da BA-052, os bandidos abandonaram o carro, libertaram as vítimas e fugiram a pé pelo matagal. No confronto, um bandido foi morto e identificado como Gilberto Santos dos Reis, de 25 anos, natural de Itabuna. A polícia pediu reforço de oficiais de outras cidades para a captura do bandido que fugiu para o matagal que dá acesso ao povoado do Ipirazinho.

Tentativa de rebelião acaba com dois feridos na Lemos Brito

  • Com informações do repórter do Se Liga Bocão, Marcelo Castro
  • 09 Mar 2014
  • 11:57h

Uma tentativa de rebelião no módulo 5 da penitenciária Lemos Brito, nesta noite, acabou com dois agentes feridos. Por volta da meia noite, o preso Edvaldo Soares do Vale, armado com uma faca e um facão, simulou estar passando mal. Quando dois agentes entraram no pátio para socorrê-lo, foram atacados pelo preso, que colocou o facão no pescoço de um deles. O outro agente saiu na defesa do colega e conseguiu salvá-lo, mas ambos sofreram ferimentos. Os dois estão internados no Hospital Roberto Santos e foram suspensas as visitas na penitenciária hoje. Por conta disso, está havendo uma manifestação de familiares na porta da cadeia. 

Perdas no setor elétrico somam R$ 32 bi em um ano

  • 09 Mar 2014
  • 10:08h

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A combinação entre chuvas escassas, nível baixo de reservatórios, preços elevados e decisões polêmicas do governo conseguiu estragar a festa dos dez anos do modelo elétrico. Em pouco mais de um ano, o setor saiu de um quadro de estabilidade para desequilíbrio. Entre indenizações pela renovação das concessões e prejuízos com a falta de chuvas, a conta do setor já soma R$ 32,4 bilhões. Pior: se for considerada a perda de valor das companhias na Bolsa de Valores a conta já supera R$ 60 bilhões e pode aumentar ainda mais, dependendo do humor de São Pedro nas próximas semanas. Em algum momento, essa crise poderá pesar no bolso do consumidor. Na avaliação de especialistas, a origem do problema se deve à intempestividade do governo na renovação das concessões de geração e transmissão, que venceriam em 2015. Crente de que todas as empresas aceitariam a proposta, a presidente Dilma prometeu, em rede nacional, que a conta de luz cairia 20% a partir de 2012. A equação era baseada no fato de que os contratos, que respondiam por 22% da geração do País, seriam renovados a preços módicos. "Como algumas empresas (Cesp, Cemig e Copel) não aceitaram, as distribuidoras ficaram sem contrato de fornecimento de energia para honrar 100% de seu mercado", explicou o professor do Grupo de Estudos do Setor de Energia Elétrica da UFRJ, Nivalde Castro. Uma das bases do modelo começou a cair, já que a regra de que as distribuidoras teriam de estar 100% contratadas, com fornecimento garantido, foi quebrada. Para piorar a situação, a falta de chuvas deteriorou o nível dos reservatórios das hidrelétricas, elevou o preço no mercado à vista (a R$ 822 o MWh) e obrigou o governo a pôr todas as térmicas caras - usadas apenas em emergências - em operação. O uso das usinas, aliado à falta de contratos das distribuidoras, que tem obrigado as empresas a comprar energia ao custo atual, provocaram um rombo de R$ 11,4 bilhões, que pode chegar a R$ 25,6 bilhões até dezembro. Na sexta-feira, o governo publicou decreto autorizando que a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) pague pela descontratação das distribuidoras, mas não mencionou se vai incluir na conta os gastos com as térmicas. Ou seja: não está descartado o repasse dos valores para os consumidores. A conta para bancar os 20% de redução nas tarifas é salgada. Além do rombo das distribuidoras, o governo gastou R$ 21 bilhões para indenizar ativos não amortizados. O valor foi retirado de fundos setoriais formados com o dinheiro dos consumidores. O governo vai pagar ainda cerca de R$ 10 bilhões em indenizações por investimentos das transmissoras feitos antes de 2000.

Ministro da Saúde levou mulher em jato da FAB para Carnaval em Salvador

  • Correio
  • 09 Mar 2014
  • 08:05h

(Foto: Reprodução)

Com um mês à frente do Ministério da Saúde, o ministro Arthur Chioro levou sua mulher, Roseli Regis dos Reis, para o Carnaval de três capitais utilizando avião da Força Aérea Brasileira. O ministro se deslocou de São Paulo para Recife, Salvador e Rio de Janeiro nesta semana para participar de ações do ministério de mobilização e promoção do uso da camisinha durante as festas. "Fiz uma maratona de quatro dias a serviço do ministério em prol da prevenção da Aids, percorrendo os quatro maiores Carnavais do país. Fiz questão de ter minha esposa ao meu lado para evitar qualquer situação de exposição indevida", disse o ministro.

O decreto 4.244/2002, que disciplina o uso de aviões da FAB por autoridades, diz que os jatos podem ser requisitados quando houver "motivo de segurança e emergência médica, em viagens a serviço e deslocamentos para o local de residência permanente". O decreto não diz quem pode ou não viajar acompanhando as autoridades. Na capital baiana, o casal foi ao badalado camarote Expresso 2222, comandado pelo ex-ministro da Cultura Gilberto Gil e sua mulher, Flora Gil. A assessoria da pasta diz que o Expresso 2222 foi parceiro do ministério na campanha, "para a qual contribuiu com apoio à distribuição de preservativos e veiculação de peças e depoimentos da campanha publicitária". O ministro também passou no camarote do governador Jaques Wagner (PT). No Rio, esteve no bloco Sargento Pimenta para participar de ação de prevenção a Aids. A assessoria de Chioro afirma que a mulher do ministro o acompanhou nos compromissos oficiais "sem qualquer custo adicional aos cofres públicos". Segundo a pasta, os hotéis foram pagos com as diárias de R$ 2.541,88 recebidas pelo ministro. Além da mulher, a comitiva oficial foi composta por assessores do gabinete do ministro e do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais da pasta, totalizando 11 pessoas, segundo a previsão de passageiros registrada pelo site da FAB. Na agenda oficial do ministro, porém, Roseli não aparece entre os integrantes da comitiva. No dia 1º, no trajeto de Recife para Salvador, a lista registra quatro assessores e um fotógrafo. No dia seguinte, de Salvador para o Rio, uma assessora e um fotógrafo. Não há agenda na página do ministério para o dia de volta da comitiva, em 4 de março. Quando assumiu o ministério, Chioro teve que se afastar de sua empresa de consultoria, que atuava na área de saúde e da qual ele era sócio-diretor desde 1997. Cedeu suas ações para a mulher, que é agora a sócia majoritária. A carona a familiares em jato oficial tem precedentes. No Carnaval de 2013, o ministro Aldo Rebelo (Esporte) levou a mulher, o filho e assessores para Cuba, onde ele teria compromissos oficiais. A Comissão de Ética Pública arquivou o caso de Aldo sob o argumento de que a ida dos familiares não gerou gastos a mais para o governo, já que o ministro iria para Cuba de qualquer forma. Mas a Comissão propôs alterações em decreto que estabelece normas para transporte de autoridades e de seus familiares na frota da FAB com o objetivo de regulamentar o ressarcimento para casos como esse.

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Mega-Sena: duas apostas levam R$ 16 milhões cada

  • Da Redação
  • 09 Mar 2014
  • 07:59h

(Foto: Reprodução)

Duas apostas acertaram as seis dezenas sorteadas na noite deste sábado pelo concurso 1.580 da Mega-Sena. Cada uma levará R$ 16.776.243,36. Confira os números sorteados: 01 - 06 - 14 - 17 - 33 - 36. Outras 378 apostas acertaram a quina e vão levar, cada, R$ 9.474,63. Outras 20.400 acertaram a quadra e levam R$ 250,79, cada.

Deputado Waldenor Pereira comemora 60 anos ao lado de correligionários, familiares e amigos

  • Blog do Rodrigo Ferraz
  • 09 Mar 2014
  • 07:49h

(Foto: Rodrigo Ferraz)

Na noite da última sexta-feira (07) o deputado federal conquistense Waldenor Pereira (PT) reuniu correligionários, familiares e amigos para comemorar o seu aniversário de 60 anos na Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), localizada na Avenida Olívia Flores. Ao som do Dj David, participaram da comemoração prefeitos, vereadores, além do presidente estadual do Partido dos Trabalhadores, Everaldo Anunciação, o secretário estadual de Desenvolvimento Social, Cézar Lisboa, o presidente da Câmara de Vereadores de Conquista, Fernando Vasconcelos, o presidente do PT da capital do Sudoeste, Rudival Maturano, o deputado estadual e ex-prefeito de Conquista, José Raimundo Fontes, dentre tantas outras autoridades.CLIQUE AQUI para ver as fotos.

Ação policial e racismo institucional no Brasil

  • Por Pedro Jaime / OI
  • 09 Mar 2014
  • 01:04h

(Imagem Ilustrativa)

Quinta-feira, 27 de fevereiro. O site do jornal Folha de S.Paulo veicula uma matéria intitulada: “Aposentada é condenada a quatro anos de prisão por racismo“. O texto traz informações sobre o desfecho do julgamento de um caso de injúria racial num shopping da Avenida Paulista, em São Paulo.

A aposentada Davina Castelli, de 72 anos, foi condenada a quatro anos de prisão em regime semiaberto. O motivo: as injúrias proferidas em 2012 a três negros que estavam no centro comercial. “Macaca, eu não gosto de negro; negro é imundo; a entrada de negros no shopping deveria ser proibida; odeio negros, negros são favelados”, teria dito Castelli segundo o jornal. 

Além do encarceramento, ela deverá pagar 28.960 reais a cada um dos três indivíduos a quem agrediu verbalmente: a corretora Karina Chiaretti, a vendedora Suelen Meirelles e o supervisor predial Alex Marques da Silva. A reportagem apurou que a condenada é conhecida na região da Paulista e segundo frequentadores do local são recorrentes as ofensas que dispara contra negros e nordestinos.

“Há muitos Vinícius lá dentro”

Segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014. Vinícius Romão, negro, vendedor de um shopping center no Rio de Janeiro, formado em Psicologia e com participação em novela da Rede Globo, foi preso por suposto roubo. O motivo: a vítima, Dalva da Costa Santos, encontrada por uma viatura policial nervosa e chorando em um ponto de ônibus, foi levada pelos policiais, que no caminho cruzaram com Vinícius voltando a pé para casa após um dia de trabalho. Abordado pela polícia, ele teria sido reconhecido por Dalva. Na bolsa da vítima, além de celular, cartões de banco e documentos, havia 10 reais e um bilhete de ônibus. Desde então, talvez em razão de certa celebridade de Vinícius, mas também por uma campanha na internet liderada por amigos de Romão, o caso ganhou boa cobertura da grande mídia.

No dia 25 de fevereiro o site da Folha de S.Paulo publicou uma matéria com o seguinte título: “Polícia do Rio confirma que ator foi preso por engano“. Segundo as fontes entrevistadas pelo jornal, nenhum objeto da vítima foi encontrado com o ator, que ademais estava trajado com roupas distintas daquelas usadas pelo verdadeiro assaltante, fato detectado por uma câmara de vídeo localizada no trecho em que aconteceu o assalto.

Preso por 16 dias na Casa de Detenção Patricia Acioli, para onde foi levado após passagem pela 25ª DP, de São Gonçalo, Vinícius Romão foi solto no dia 26 de fevereiro. A vítima do roubo, que o havia identificado, voltou atrás em seu depoimento. Sendo assim, no dia 25 de fevereiro o Tribunal de Justiça concedeu liberdade provisória a Romão, em resposta a pedido que fora protocolado pelo seu advogado três dias após a prisão. A reportagem “‘Senti-me acolhido pelos detentos’, diz ator preso por engano no Rio“, igualmente publicada no site da Folha de S.Paulo, mostra Vinícius Romão, que usava black power, deixando a unidade prisional com cabelo raspado e visivelmente abatido. Já em sua casa, um apartamento próprio no bairro do Méier, ele recebeu amigos, vizinhos e jornalistas. O texto traz algumas de suas declarações à imprensa. ‘Há muitos Vinícius lá dentro, e me senti acolhido pelos detentos’, afirmou sobre a estadia na penitenciária; ‘Ela foi vítima’, disse da mulher que o acusou, de quem declarou não ter mágoas ou rancor. ‘Quando me mudaram de cela ontem, não me avisaram que eu ia ser solto, mas falaram que a minha prisão estava repercutindo em todo o país, e esta foi a informação que eu precisava para manter a calma e a única coisa que eu não poderia esquecer, a esperança’, declarou sobre suas expectativas de sair da situação na qual se encontrava.”

De que justiça estamos falando?

Na matéria “Ator confundido com assaltante denuncia péssimas condições na cadeia onde ficou“, veiculada no site de O Globo, também constam algumas afirmações suas referentes à abordagem policial e à questão racial.

Sobre a interpelação da polícia, ele disse que este foi o momento mais tenso. Contou que os policiais o mandaram ficar calado e colocar a mão na cabeça. Acrescentou que procurou argumentar que estavam pegando a pessoa errada, mas não teve jeito e então lembrou que teve medo de levar um tiro. Relatou ainda que, já na delegacia, foi levado para uma cela sem ser ouvido e só pôde ligar para o pai no dia seguinte. Quanto às perguntas a respeito do fato de ter sofrido racismo, a matéria afirma que ele “titubeou, mesmo quando a questão se referia especificamente à mulher que o acusou e ao policial que o prendeu”. Esta talvez tenha realmente sido vítima, mas não apenas dos policiais que, segundo matérias veiculadas na imprensa, não levando em conta a situação de abalo emocional em que ela se encontrava, a constrangeram a reconhecer apressadamente Vinícius como seu agressor; como também da ideologia racista, que desde o século 19 classifica as pessoas a partir da cor de sua pele e de outros traços morfológicos e associa essas características biológicas a atributos estéticos, comportamentais e morais.

Romão teria acrescentado: “Racismo, existe. Mas o que posso dizer é que todos os meus amigos que estão aqui nunca colocaram um apelido em mim, nada. Sempre estudei em colégio particular e todos me respeitaram, sempre me dei ao respeito também. Dos 17 vendedores temporários que havia na loja de roupas onde eu trabalho, eu era o único negro. E só eu fui contratado. Meu chefe me diz que sou muito competente.” Porém, a cobertura da mídia aponta que Vinícius, que não possuía antecedentes criminais, não quis fazer maiores comentários sobre a ação policial, reservando essa tarefa para seu advogado Rubens Nogueira. Aponta também que ele ainda não sabe se moverá ação contra o Estado e que acredita que a justiça vai ser feita. De qual justiça estamos falando? Simplesmente do fato de Vinícius Romão, que daqui em diante poderá aguardar o desfecho do caso em liberdade assistida, terá no final da história a sua inocência provada, ou será que há uma justiça maior a ser feita?

Racismo institucional continua presente

No final do ano passado, o Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre Afrodescendentes divulgou um comunicado referente à sua visita oficial ao Brasil, que ocorreu entre os dias 3 e 13 de dezembro de 2013. Neste comunicado, apresentado numa reunião com a imprensa e disponibilizado no site da ONU no Brasil(ver aqui), o grupo apresentou uma avaliação preliminar sobre a situação dos negros (pretos e pardos) no país.

O documento apresenta uma série de preocupações dos especialistas da ONU quanto às expressões do racismo brasileiro, que passam pela repartição dos gastos públicos segundo a cor/raça; pelo acesso diferencial de negros e brancos à infraestrutura básica, habitação, educação e saúde; pelos indicadores socioeconômicos e pelo ingresso subordinado de pretos e pardos nos empregos dos setores público e privado; pela elevada proporção de mulheres afro-brasileiras que trabalham em condições precárias, principalmente no serviço doméstico; pelo baixo nível de participação dos negros na administração pública e de sua representação na vida política; pelos estereótipos e preconceitos raciais difundidos nos meios de comunicação de massa; pela intolerância com as religiões de matriz africana; pela presença excessiva de negros na população carcerária e seu acesso desigual à justiça.

Quanto a esse aspecto, os especialistas afirmam: “Fomos informados de graves violações de direitos humanos perpetradas pelas forças de segurança, em particular pelas Polícias Civil e Militar, contra os jovens e adolescentes negros. Muitas dessas violações ficam impunes.” E ressaltam que “o racismo institucional continua presente no sistema de justiça e segurança em todos os níveis. É ele que impede a igualdade de acesso à justiça para afro-brasileiros quando vítimas de violações”.

A gramática das relações raciais

A meu ver, é disso que as situações que retomei aqui falam: do racismo institucional, isto é, da natureza discriminatória, ainda que não intencional, de organizações de grande escala ou sociedades inteiras, algo que está presente no sistema judiciário e na corporação policial no Brasil. Karina Chiaretti e Alex Marques da Silva foram aconselhados pelos servidores da Delegacia de Polícia a não prestar queixa da injúria racial da qual haviam sido vítimas. Vinícius Romão foi algemado no momento da detenção sem que apresentasse qualquer resistência e permaneceu por mais de duas semanas preso por um crime que não cometeu. Esperamos que, provada judicialmente sua inocência, apoiado pelos movimentos negros, por políticos progressistas, por pesquisadores, jornalistas e outros profissionais comprometidos com a luta antirracista no Brasil, tal como Karina e Alex, Vinícius vá até o fim, o que neste caso significa processar o Estado pelo racismo presente na atuação policial.

Atos dessa natureza podem ajudar a despertar a sociedade brasileira e suas várias organizações para a necessidade de combater o racismo institucional. Quem sabe, assim, os muitos outros Vinícius, Alexes e Karinas, dentro ou fora das unidades prisionais, possam ter outros desfechos para dramas racistas que continuam vivendo. Quanto a isso, lembro que durante a pesquisa de campo para a realização da minha tese de doutorado em Antropologia, na qual investiguei o racismo no mundo empresarial a partir das trajetórias profissionais de executivos negros, um dos meus interlocutores me contou uma situação por ele vivida, parecida com a de Vinícius, ainda que menos trágica. Ao deixar o prédio da sede em São Paulo de uma corporação transnacional na qual trabalhava, Renato (nome fictício) foi interpelado por policiais. Mandaram-no voltar-se contra a parede, revistaram-no e pediram-lhe documentos. Embora estivesse de terno e caminhasse tranquilamente, a abordagem foi agressiva. Um dos policiais perguntou-lhe em tom ofensivo o que estava fazendo ali. Respondeu simplesmente que saía de uma reunião de trabalho e apresentou a identidade funcional. Mas os policiais sugeriram que havia participado de um assalto ao Metrô. Como não encontraram nenhuma prova, o liberaram, porém sem nenhum pedido de desculpas. Limitaram-se a afirmar que se parecia com um dos assaltantes.

Já em seu carro, numa descarga emocional que misturava nervosismo, indignação e revolta, Renato chorou por todo o caminho até a agência em que trabalhava. Esta é a gramática das relações raciais no Brasil. Nela, o negro aparece como alguém sobre quem paira sempre a suspeita; se escapa a ela, sorte sua, nenhuma necessidade de retratação. Uma gramática que reproduz lógicas discriminatórias independente de intenções racistas.

***

Pedro Jaime é doutor em Antropologia e Sociologia e professor universitário

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Conquista: Homem aparece vivo em próprio velório

  • Blog do Anderson
  • 08 Mar 2014
  • 18:18h

(Foto: Blog do Anderson)

Um velório que deveria ser choro é motivo de alegria no bairro Campinhos, em Vitória da Conquista. Todos achavam que João Marcos Ribeiro, de 60 anos, estava morto. O velório estava acontecendo na casa em que morava o falecido, família e amigos reunidos e, de repente, o morto aparece. “A gente estava aqui desde ontem aqui nesse sofrimento, o pessoal falando lá no IML que pai tinha morrido trouxe esse caixão errado”, disse Gilberto Ribeiro, um dos filhos do idoso em entrevista ao Blog do Anderson. “O corpo de pai não tem pinta e esse morto aí tem uma pinta… Esse ai nós não sabemos quem é”, complementa. O corpo que estava no Instituto Médico Legal foi reconhecido pelos próprios parentes. O fato inusitado atraiu centenas de pessoas a rua Santa Rita. Por volta das 16 horas o cadáver, ao invés de ser levado ao cemitério retornou ao IML.

Com o tema ‘Igualdade para as mulheres é o progresso para todos’, ONU marca Dia da Mulher

  • ONU
  • 08 Mar 2014
  • 12:59h

Uma mulher corta lenha no campo de Doro, no Sudão do Sul. A madeira usada para cozinhar e aquecer é muito escassa na área (Foto: ACNUR/S. Rich/fevereiro 2013)

“Acho que os homens e as mulheres são muito parecidos, porque existem tantos homens diferentes e tantas mulheres diferentes. Acho que a principal diferença entre os homens e as mulheres são as expectativas sociais que são colocadas nas mulheres e as expectativas sociais que são colocadas nos homens.” Este é um dos três depoimentos de um vídeo especial, em português e diversos outros idiomas, que a ONU e parceiros produziram para marcar o Dia Internacional da Mulher em 2014. A data é lembrado todo 8 de março. O tema deste ano é “Igualdade para as mulheres é o progresso para todos”. Os depoimentos são de mulheres de Madagascar, Irlanda e Nepal. “Homens e mulheres iguais? As mulheres são bem superiores”, diz a simpática mulher que vive no Nepal, acrescentando: “Não é verdade? Sem mulheres não há vida”. O projeto acima – do fotógrafo Yann Arthus-Bertrand – chama-se “7 Bilhões de Outros” e começou em 2003, consistindo em cerca de 6 mil entrevistas filmadas em mais de 84 países, de forma a criar um retrato da humanidade e demonstrar o que nos une – e o que nos diferencia. O Centro Regional de Informação das Nações Unidas (UNRIC) para a Europa Ocidental e a equipe do “7 Bilhões de Outros” juntaram-se para lançar os vídeos no maior número de línguas possível em datas específicas. Na sexta-feira (7), as Nações Unidas lançaram a campanha “Ele por Ela”, incentivando os homens a defenderem os direitos de suas mães, irmãs e filhas. Funcionários do alto escalão da ONU ressaltaram que os direitos humanos para meninas e mulheres não são um sonho, mas um dever de todos.

Bilhões para a Copa e centavos para o combate à violência contra a mulher

  • Por Zé Maria
  • 08 Mar 2014
  • 11:18h

(Imagem Ilustrativa)

A cada uma hora e meia, uma mulher morre no Brasil pelo simples fato de ser mulher. O feminicídio,  crime de ódio decorrente de conflitos de gênero,  é uma das expressões mais bárbaras do machismo que mata 15 mulheres a cada 24 horas, quase seis mil por ano. Os dados são do Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (Ipea) e os números não param por aí. Os índices só aumentam e são alarmantes. Entre 2009 e 2011, o número de assassinatos de mulheres aumentou em todos os estados brasileiros. De acordo com as estatísticas da própria Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), uma mulher é estuprada a cada 12 segundos no Brasil. Uma mulher é agredida a cada 5 minutos. O Brasil está no triste ranking do sétimo país, entre 80 países, em relação aos índices de feminicídio. Esta realidade existe a despeito de termos uma legislação específica de combate à violência contra a mulher, conquistada através de uma longa trajetória de luta do movimento feminista. Mas por que isso ocorre? A resposta é tão simples quanto cruel. Apesar da existência da Lei Maria da Penha, ela não sai do papel. Não há investimentos para sua aplicação e ampliação. Pelo contrário, os recursos dessa área foram sistematicamente reduzidos. O único período em que houve uma pequena queda nos índices foi no ano seguinte à entrada da lei. No entanto, a partir de 2008, a espiral de violência retomou os patamares anteriores, indicando claramente que as políticas públicas dos governos do PT de combate à violência não tem passado de promessas. Falta prioridade, falta investimento. Enquanto que, no governo da primeira presidenta do país, mais de R$ 30 bilhões dos cofres públicos são investidos na realização da Copa do Mundo, enriquecendo empreiteiras e a FIFA, o investimento nos programas de combate à violência contra as mulheres não passa dos R$ 25 milhões. Somado todo o investimento em 10 anos de governo do PT no setor, e dividido pelo número de mulheres no país, vemos que foi investido apenas o equivalente a R$ 0,26 para cada uma delas. Na mesma lógica de governar para bancos e empresas, o governo Dilma destina 42% de todo o orçamento da União para o pagamento da dívida pública. Ao priorizar os megaeventos e o pagamento dos juros da dívida, o governo não muda concretamente a vida das mulheres trabalhadoras, aquelas que realmente precisam de políticas públicas. Governar para as mulheres é investir em combate à violência machista, saúde, educação e moradia. Neste início de ano, perdemos uma grande companheira feminista e socialista que dedicava sua vida à luta contra a opressão e exploração. Sandra Fernandes, professora e militante do PSTU em Pernambuco, foi vítima daquilo contra o que sempre lutou: o machismo. O namorado, alegando “ciúmes”, matou Sandra e seu filho de apenas 10 anos a facadas. Sandra faz parte dessa cruel estatística que interrompe a vida de milhares de mulheres todos os anos. Por Sandra e por essas mulheres, neste 8 de março e sempre, seguiremos lutando contra a opressão e a exploração e exigiremos do governo da primeira presidenta que o machismo não faça mais vítimas. É preciso que Dilma deixe de gastar bilhões com os megaeventos e passe a investir realmente no combate à violência machista.

Homenagem do Vereador Édio Pereira ao Dia Internacional da Mulher

  • Vereador Édio Pereira
  • 08 Mar 2014
  • 09:31h

Divulgação

Mulheres respondem por 44% dos financiamentos de imóveis

  • Fábio Bittencourt / A TARDE
  • 08 Mar 2014
  • 09:20h

Jacqueline Erdens começou a investir em imóveis e não parou mais (Marco Aurélio Martins | Ag. A TARDE)

Este sábado, 8, é dedicado às mulheres, mas quem deve estar comemorando - toda essa independência - é o mercado imobiliário. É que, quando o assunto é o investimento em imóveis, a participação delas no segmento, dizem os especialistas, não para de crescer. Segundo dados da Caixa Econômica Federal, do total de contratos de financiamento habitacional firmados na Bahia em 2013, quase a metade (44%) foi assinada por mulheres. Em todo o país, o número foi de 39%. Com um detalhe: esses foram termos em que elas se apresentaram como primeiro titular da negociação. Não é à toa, portanto, que construtoras e incorporadoras mantêm firme o olhar sobre o público feminino: solteira, casada, mãe de família ou executiva em multinacional.  De acordo com a CEO do Grupo Lena Brasil, Clarissa Modafferi, entre os empreendimentos da Liz Construções, "a depender do tipo de imóvel", 40% das unidades são adquiridas por mulheres. Segundo ela, "este número, porém vem subindo gradativamente". "É cada vez mais comum imobiliárias e construtoras atenderem mães de família interessadas em adquirir um imóvel. A força de trabalho das mulheres representa hoje 50% da população economicamente ativa, e, em muitos casos, elas têm a maior renda da casa".

Mais minuciosa

Ainda de acordo com Clarissa, de um modo geral, são as mulheres que conhecem de maneira mais minuciosa as necessidades da família e, por isso mesmo, "passaram a ocupar posição relevante na hora de decidir pela compra".

"Ousaria até a dizer que, na maioria das vezes, a palavra final na compra de um imóvel é da mulher", afirma a CEO. Ainda segundo ela, projeto arquitetônico, itens de lazer, boa localização e diversas opções de planta são o que mais "despertam a atenção feminina".

"O projeto arquitetônico é o primeiro click. As mulheres são mais atentas aos detalhes e se o projeto é harmonioso. A decoração e o atendimento são importantes para elas, assim como os itens de lazer, para que os filhos possam se divertir com segurança e tranquilidade".

Para o diretor de expansão de mercados da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi), Marcos Vieira Lima, no entanto, nem tudo é família e, mais do que nunca, o que elas querem é "independência".

"Hoje são dos (apartamentos) compactos que elas gostam mais. Imóveis menores, fáceis de limpar. Querem, no final de semana, bater a porta e ir para a Praia do Forte, Itacimirim. Foi-se o tempo em que ficavam em casa esperando a família para o almoço de domingo".

Sócia-diretora da NNova Soluções Imobiliárias - com uma carteira de clientes composta por até 60% de mulheres -, a corretora e empresária Neuza Marques explica que costuma ser procurada por elas "para que cuide dos seus investimentos".

"Imóveis, para elas, é um investimento seguro, vantajoso, que lhes garante uma renda mensal, sem falar na valorização anual, em torno de 10%".

Especializada em venda, aluguel e administração de imóveis, Neuza conta que a procura por parte das mulheres vem crescendo nas três áreas.

"Estão cada vez mais independentes. E parece que uma (mulher) estimula a outra. Várias das minhas clientes são indicações de outra amiga", diz.

Ainda segundo ela, a busca por apartamentos menores se dá ainda pelo fato de os custos serem menores. Salas comerciais também têm boa saída.

"Costa Azul, Pituba, Itaigara e Imbuí são os endereços mais procurados. Elas sabem por exemplo que, com uma taxa de condomínio mais em conta, dá para puxar mais no preço do aluguel e, quando a unidade estiver vazia, o custo também será menor", afirma.

Casada, há 23 anos vivendo em uma casa (em um bairro da orla de Salvador), a dentista Jacqueline Erdens, 52, conta que "sempre teve vontade de investir em imóveis, mas faltava encontrar uma construtora segura, na qual pudesse confiar".

Foi quando ela descobriu, em 2006, o projeto de um home class, no Mundo Plaza - empreendimento da Odebrecht Realizações Imobiliárias (OR), com duas torres (comercial e residencial), localizado na avenida Tancredo Neves.

O negócio parece ter dado tão certo que, logo depois, ela apostou novamente em outro OR, dessa vez uma sala no Hangar Business Park, na Av. Paralela.

Jacqueline conta que o primeiro (imóvel de único vão, com 56 m²) nunca ficou sem alugar e hoje lhe garante R$ 2,6 mil mensais (condomínio incluso).

O escritório, recém-entregue, ela ainda não decidiu se transfere para lá o consultório ou se põe para alugar (por R$ 2,2 mil, em sua estimativa). "Sempre acreditei neste tipo de investimento. Pensei primeiro na incorporadora, senti-me segura e só então realizei".

 

Mulheres prestam atenção nos detalhes

Conforto: Uma das primeiras coisas que as mulheres olham quando vão comprar um imóvel  são os quartos. Assim como querem saber das opções de lazer para os filhos. A ideia é garantir o conforto para toda a família

Segurança: Outra preocupação é com a segurança, não só dentro do condomínio, como no entorno. É comum que queiram ir ao imóvel várias vezes ao dia antes de fechar negócio

Cozinha não: Ao contrário do que muitos pensam, a cozinha e a área de serviço não são itens prioritários na escolha do imóvel para a maioria das mulheres

Estilo e decoração: Elas também ficam atentas para o projeto arquitetônico – se é harmonioso. Bem como a decoração e o atendimento também são importantes para elas

Quarto e sala: Hoje são dos (apartamentos) compactos que elas gostam mais. Imóveis menores, fáceis de limpar, como de um quarto ou dois

Bom negócio: Imóveis, para elas, é investimento seguro e vantajoso

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