Investigado em operação sobre bets e com contas bloqueadas pela Justiça, Gusttavo Lima debocha: "Devendo e luxando"

  • Bahia Notícias
  • 14 Out 2024
  • 17:22h

Foto: Instagram

De volta aos palcos após a polêmica com o envolvimento na Operação Integration, que investiga supostos envolvidos em um esquema de lavagem de dinheiro por meio dos jogos de azar, o cantor Gusttavo Lima debochou da situação em que se encontra, com as contas bloqueadas pela Justiça.

Em apresentação realizada no último final de semana em Brasília, durante o projeto 'Buteco', o sertanejo comentou o assunto no palco: "O bebê está devendo e luxando, porque minhas contas estão bloqueadas. Trinca, sessenta, noventa, sem juros, eu aceito".

A decisão de manter os bens do artista bloqueados foi da juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife. Assim como ele, outros envolvidos na investigação também estão sem acesso aos valores milionários, como Deolane Bezerra.

O artista e a influenciadora foram convocados para depor na CPI das Bets, iniciativa da senadora Soraya Thronicke. De acordo com a senadora, a comissão parlamentar de inquérito pretende investigar denúncias de associação de algumas "bets" com organizações criminosas para lavagem de dinheiro, além do uso de influenciadores digitais para divulgar os jogos online.

Além de toda essa situação, Gusttavo Lima está sendo processado por uma apostadora, acusando o músico de ter responsabilidade pela perda de dinheiro através da plataforma Vai de Bet. A mulher acusa o artista de ter influenciado a entrada dela no jogo e pede uma indenização de R$ 28 mil.

Caso de Sean 'Diddy' Combs será investigado em sigilo após acordo de advogados

  • Por Folhapress
  • 14 Out 2024
  • 15:35h

Foto: YouTube

Os advogados de Sean "Diddy" Combs, preso por abuso sexual e extorsão, entre outras acusações, garantiram que seu caso seja investigado em sigilo de justiça. A data do julgamento do rapper ficou marcada para 5 de maio de 2025.

Para os advogados de Diddy, o vazamento de informações sobre o caso, em especial um vídeo do rapper espancando a ex-namorada, Cassie Ventura, teria sido feito de propósito para "desestabilizar o tribunal".

A defesa também destacou a maneira que a busca e apreensão foi realizada na casa do rapper. Segundo os advogados, ela foi "realizada intencionalmente, para maximizar a exposição da mídia". Eles criticaram a força excessiva usada contra os filhos de Diddy e outros vazamentos feitos pela promotoria com o objetivo de "manchar a reputação de Sr. Combs antes do julgamento".

Diddy está detido desde o dia 16 de setembro, no Centro de Detenção Metropolitana do Brooklyn, em Nova York. Seu advogado, Marc Agnifilo, contou um pouco da rotina do rapper para a revista americana People.

Segundo Agnifilo, a parte mais difícil é a comida. Diddy começa o dia às 6h com um café da manhã com cereais, frutas, torradas e um bolo. Às 11h, o almoço, geralmente uma combinação de uma proteína com uma massa ou salada. O jantar é servido após às 16h.

O rapper tem permissão para receber visitas, e já foi visitado por sua mãe, Janice Combs, e suas filhas gêmeas, D'Lila e Jessie. Diddy tem, ainda, mais cinco filhos que ainda não o visitaram.

O rapper, ainda, teve o privilégio de conversar com a família quando chegou ao tribunal no dia 10 de setembro, ao contrário da maioria dos réus criminais. Seus familiares foram vaiados durante a audiência.

OMS aprova vacina contra mpox para adolescentes de 12 a 17 anos; saiba mais

  • Bahia Notícias
  • 14 Out 2024
  • 13:13h

Foto: Arquivo Agência Brasil

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou, nesta segunda-feira (14), o uso da vacina contra mpox (varíola dos macacos) da farmacêutica Bavarian Nordic em adolescentes de 12 a 17 anos. O ato conhecido como pré-qualificação foi concedido na última terça-feira (8). 

A medida tem o intuito de facilitar o acesso às vacinas em situações de emergência. A decisão da organização chega após a Agência Europeia de Medicamentos ter aprovado no mês passado o uso do imunizante em pessoas desta faixa etária. 

Segundo o Metrópoles, uma outra aprovação similar a da OMS foi realizada para imunizante em adultos. A vacina da Bavarian Nordic é distribuída com o nome Jynneos.  

Otto mantém posição neutra para próxima eleição da UPB: "Os prefeitos devem decidir"

  • Por Gabriel Lopes/Bahia Notícias
  • 14 Out 2024
  • 09:34h

Foto: Roque de Sá / Agência Senado

Com a eleição para a União dos Prefeitos da Bahia (UPB) no horizonte, e com alguns postulantes já colocados, o senador Otto Alencar indicou que não deve se envolver no processo.

"Essa é uma eleição de prefeito, eles que resolvam. O Eures foi presidente, o Quinho é presidente, todos dois do PSD, não foi por meu apoio ou pelos votos que eu tenho no âmbito dos prefeitos que eles se elegeram", disse.

"Como é como é na Assembleia, Câmara dos Deputados, Senado e também UPB, um colegiado de prefeitos, quem vai entrar eu não tenho interesse nenhum, até porque eu não vou na UPB, todos os prefeitos são meus amigos, eu não tenho um cargo lá, não indico ninguém, não vou. Então eu quero que ganhe o melhor que defenda a causa municipalista, se por acaso for do PSD tudo bem, se for do PP tudo bem. Não significa para nós do PSD que tendo a UPB nós temos um poder, não o poder é dos prefeitos", acrescentou.

Na última semana, o Bahia Notícias mostrou que mais uma vez o embate deve ficar entre o PP e o PSD, como em edições anteriores, já que as legendas tem se alternado no comando.

Entre os nomes com maior adesão que mostraram desejo de disputar a UPB estão o de Zé Cocá (PP), prefeito reeleito em Jequié com 91,97% dos votos, e o do prefeito eleito de Bom Jesus da Lapa, Eures Ribeiro (PSD), que ocupava uma cadeira na Assembleia Legislativa da Bahia. Ambos já foram presidentes do órgão, o que deve acirrar ainda mais a disputa. 

Durante entrevista ao BN, Otto também afirmou que vai adotar a mesma lógica em relação à eleição da mesa diretora da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), com a perspectiva de o deputado Adolfo Menezes (PSD) buscar a reeleição pela presidência

"Eu já disse várias vezes isso, mesma coisa na Assembleia. Você acha que eu vou induzir algum deputado a votar em Adolfo? Ele vai ter os votos, se por acaso ele tiver a simpatia, a confiança e a maioria dos seus colegas. Como eu tive, eu, por exemplo, fui presidente da Assembleia no ano 1995 até 1997, eu fui escolhido por 59 dos 63. Eu não fiz nem campanha, eu era deputado, se reuniram e disseram: tem 59 nomes pra te apoiar. Porque eu já convivia na Assembleia há oito anos e todos os deputados confiavam no meu trabalho. Sabiam que eu seria um presidente justo, correto. Quando foi na minha reeleição veio a mesma lista querendo a minha reeleição. Eu não aceitei a minha reeleição. Porque eu acho que Casa Legislativa não pode ficar na mão de um a vida inteira. Se Adolfo for reeleito vai ser até fora de um conceito meu, disse.

O Bahia Notícias divulga entrevista completa com o senador Otto Alencar (PSD), nesta segunda-feira (14), a partir das 11h10.

Homem é preso com armas perto de comício de Donald Trump na Califórnia

  • Bahia Notícias
  • 14 Out 2024
  • 07:21h

Foto: Reprodução / YouTube / CNN Brasil

Um foi preso com armas de fogo no último sábado (12), próximo a um comício de Trump em Coachella, na Califórnia, conforme autoridades locais.

Segundo informações do departamento do xerife do condado de Riverside, o homem de 49 anos estava em um carro em um ponto de controle perto do evento de campanha.

Os investigadores também indicaram que ele estava com armas ilegais, incluindo uma pistola carregada, uma espingarda e um carregador de alta capacidade.

"Foi levado sob custódia sem incidentes e posteriormente autuado no Centro de Detenção John J. Benoit por posse de arma de fogo carregada e posse de um carregador de alta capacidade. O incidente não impactou a segurança do ex-presidente Trump ou dos participantes do evento", informa um comunicado.

O suspeito foi detido, mas foi liberado após pagamento de fiança no valor de US$ 5 mil.

FMS 5: Popó anuncia aposentadoria e convoca Pablo Marçal para última luta

  • Bahia Notícias
  • 13 Out 2024
  • 14:09h

Foto: Reprodução / TV Globo / YouTube

Após vencer o pugilista argentino Jorge "El Chino" Miranda por decisão unânime na noite do último sábado, a lenda baiana Acelino Popó Freitas vai pendurar as luvas em definitivo. Aos 49 anos, Popó admitiu em entrevista que o gás não é mais o mesmo.


"A gente queria lutar com um lutador, lutei, troquei, deu pra segurar a onda. Eu fiz 49 anos três semanas atrás, não é mais 29 anos, 19 anos. Venho fazer esse teste porque ainda tenho experiência, mas se você for juntar gás, não é a mesma coisa. O boxe é um esporte muito sério. Pra estar aqui a minha vida toda, não vou estar. (...) Se for pra fazer esse tipo de luta, eu não luto mais não. Essa aqui foi minha despedida de luta oficial", afirmou o pugilista ao SporTV.


Entretanto, isso não marca o fim dos desafios contra celebridades. Popó respondeu ao vivo o desafio do influenciador digital e coach Pablo Marçal, que desafiou o pugilista nas redes sociais, mas não compareceu ao Canindé no último sábado.


"Se for pra fazer mais uma luta, a única luta que vou fazer vai ser contra Pablo Marçal, que foi um desafio dele, a gente faz uma luta bacana, só depende dele. Se for fazer mais uma luta, vai ser só contra Pablo Marçal, aí eu me aposento do boxe e vou ajudar a promover o Fight Music Show", declarou Popó.

Sob ataques de Israel, refugiados sírios no Líbano preferem voltar à guerra civil

  • Por Diogo Bercito | Folhapress
  • 13 Out 2024
  • 12:02h

Foto: Reprodução

Os bombardeios israelenses sobre o Líbano transformaram a vizinha Síria —até há pouco tempo um país do qual se queria fugir— em receptora de milhares de pessoas.
 

Mais de 400 mil já deixaram o território libanês rumo ao sírio desde 23 de setembro, quando a ofensiva de Tel Aviv se intensificou. A maior parte deles, cerca de 300 mil, é de refugiados sírios, forçados a retornar para o inferno da guerra civil do qual tinham conseguido escapar.
 

"O fato de que tantos estão decidindo voltar para uma das grandes catástrofes humanitárias atuais mostra o nível de medo e de desespero que existe hoje no Líbano", diz Will Todman. Especializado na questão dos refugiados sírios, Todman é membro sênior do CSIS (Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais), com base em Washington.
 

A guerra civil na Síria remonta a 2011. Começou com protestos pacíficos contra o ditador Bashar al-Assad. A repressão do regime radicalizou a oposição, e as potências se envolveram, em especial Estados Unidos e Rússia —Moscou é um antigo aliado de Assad. Surgiram grupos terroristas, como o Estado Islâmico, agravando a situação. Mais de 500 mil morreram.
 

O conflito levou 6,5 milhões a deixar o país, a maior parte em territórios vizinhos. Cerca de 1,5 milhão foi para o Líbano. É a primeira vez que os sírios voltam ao seu país de origem em números tão expressivos — e de modo tão veloz.
 

Os ataques israelenses, que Tel Aviv afirma visarem a milícia extremista Hezbollah, já deixaram mais de 2.000 mortos no Líbano. Além disso, a vida dos refugiados sírios na última década não foi fácil. Eles não têm acesso a serviços básicos no país vizinho. Não têm nem direito a trabalhar, com exceção de setores específicos, como a agricultura. Isso faz com que estejam, nas palavras de Todman, "entre os grupos mais vulneráveis" vivendo no Líbano.
 

A situação piorou à medida que o país afundou no que o Banco Mundial descreve como uma das piores crises econômicas do mundo desde o século 19. Desde então, afirma Todman, políticos libaneses têm usado os refugiados como "bodes expiatórios", fomentando um crescente sentimento popular antissírio.
 

Com os bombardeios israelenses, os sírios estão no fim da fila para receber auxílio. Há relatos de locadores expulsando sírios de suas casas para abrigar famílias libanesas e de abrigos que se recusam a recebê-los, sob o argumento de não terem espaço.
 

Não há muitas informações confiáveis sobre o êxodo sírio. Analistas, porém, estimam que seja um movimento formado por, em grande parte, mulheres e crianças. Homens evitam voltar porque, uma vez em seu país, podem ser recrutados para o Exército —e teriam de lutar contra as forças rebeldes na guerra civil. Os combates arrefeceram, e Assad já cantou vitória. Mas o regime ainda não controla todo o território.
 

O trajeto em si já é perigoso, afirma Carlos Naffah, especialista na questão dos refugiados sírios no Líbano. O caminho entre Beirute e Damasco passa pelo vale do Beqaa, um dos alvos dos bombardeios israelenses. Tel Aviv já chegou a atacar a região do controle de passagem na fronteira.
 

De modo simplificado, a ditadura síria controla hoje as regiões centrais, incluindo a fronteira com o Líbano. Isso significa cerca de 70% do território. Forças rebeldes ocupam o noroeste, enquanto grupos curdos estabeleceram suas bases no nordeste. Há também alguns bolsões do Estado Islâmico, apesar de enfraquecidos.
 

Mesmo assim, segundo Naffah, a situação é mais estável do que no Líbano. "Temos que admitir que hoje a Síria é mais segura do que aqui", afirma. Ele fala de Beirute, por telefone, em um dos poucos momentos em que há sinal de celular. "Na Síria, você ainda pode ir de um vilarejo para o outro, enquanto no Líbano hoje nós temos medo de pegar a estrada."
 

Naffah menciona, também, algo que muitos brasileiros residentes no Líbano têm dito à reportagem: o isolamento do país. A fronteira sul, com Israel, é intransitável. A outra é com a Síria. Fora isso, a solução é pegar um avião no aeroporto de Beirute —que pode ser bombardeado e fechado a qualquer momento, como aconteceu no passado.
 

"Vamos ficar presos em uma situação catastrófica, num país que não tem agricultura nem reserva de grãos", afirma. "Será uma grande Gaza."

Apagão em SP une governo Lula, Tarcísio e Nunes em pressão por fim de concessão da Enel

  • Por Alexa Salomão, Lucas Lacerda, Raquel Lopes e Nathalia Garcia | Folhapress
  • 13 Out 2024
  • 09:43h

Foto: Divulgação / Ricardo Stuckert

A falta de luz em mais de 2 milhões de residências na Grande São Paulo fez representantes dos governos federal, estadual e municipal criticarem neste sábado (12) a Enel —concessionária responsável pela distribuição de energia na região.
 

Tanto o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) quanto o prefeito Ricardo Nunes (MDB) pediram o fim do contrato com a empresa. A Aneel, agência do governo Lula (PT) responsável por fiscalizar o setor, disse que poderá retirar os direitos de concessão da companhia.
 

Tarcísio fez contato direto com a Aneel para cobrar medidas contra a companhia, reforçando que mais uma vez a demora para restabelecer o fornecimento de energia em São Paulo após uma tempestade. Em novembro de 2023, outro temporal deixou vários pontos da cidade sem energia por até seis dias.
 

A Folha apurou que o governador telefonou para o diretor-geral da agência, Sandoval Feitosa, reclamando que nada foi feito contra a concessionária neste quase um ano após o outro evento.
 

Tarcísio também lembrou que já tinha pedido a caducidade do contrato da Enel, sem que houvesse retorno, e reforçou que não faz sentido renovar a concessão quando está comprovado que a prestação de serviço é péssima. Disse ainda considerar um absurdo a empresa chegar a ventilar que não conseguiria restabelecer integralmente o fornecimento da energia até segunda-feira (14).
 

Por volta das 22h, Tarcísio fez uma postagem nas redes sociais com críticas tanto à Enel quanto à Aneel. "Mais uma vez, a Enel deixou os consumidores de São Paulo na mão. Se o Ministério de Minas e Energia e, sobretudo, a Aneel, tiverem respeito com o cidadão paulista, o processo de caducidade será aberto imediatamente", escreveu ele.
 

Já Nunes disse em publicações no Instagram que a Enel é "inimiga do povo de São Paulo." Ele atribuiu a falta de luz à ineficiência da companhia. "O que a gente tem hoje de problema na cidade, infelizmente, é por conta da ineficiência da Enel, mais uma vez."
 

Afirmou ainda que espera que a cidade logo "possa se livrar dessa empresa".
 

A Enel, empresa com sede na Itália, atua em 24 municípios da Grande São Paulo, incluindo a capital.
 

Especialistas ouvidos pela reportagem, que preferem não ter o nome citado, afirmam que, em casos extremos, a Aneel até pode unilateralmente propor a caducidade de um contrato de distribuição, mas é preciso lembrar que esse tipo de concessão de energia elétrica é federal, ou seja, o poder concedente desse serviço é a União.
 

A Enel foi alvo de muitas críticas do governo federal após o apagão de novembro do ano passado em São Paulo, mas, na sequência, a empresa divulgou uma série de medidas para aperfeiçoar o atendimento durante eventos extremos, incluindo o anúncio de investimentos, que foram bem recebidos pela gestão Lula (PT).
 

Em maio, quando a tensão ainda estava alta, Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, chegou a dizer à empresa que, se não fizesse investimentos na qualidade do serviço de distribuição de energia, "pode dar tchau" ao país.
 

No mês passado, o posicionamento já havia mudado. Silveira participou de um evento na base operacional da Enel em Guarapiranga, zona sul de São Paulo, em que ocorreu a apresentação dos investimentos da companhia no Brasil. Na ocasião, disse era "uma grande alegria poder ver in loco as ações adotadas para prevenir acontecimentos graves gerados pelas às mudanças climáticas".
 

Nesta sexta (11), horas antes do novo temporal deixar mais de 2 milhões sem luz em São Paulo, Silveira estava em Roma. Mesmo de férias, participava de um evento do Grupo Esfera ao lado de Alberto de Paoli, o diretor para o resto do mundo da Enel.
 

O próprio presidente Lula passou a sinalizar apoio à permanência da concessão com a empresa. Em junho, durante viagem à Europa para participar do encontro do G7, o presidente se reuniu com o CEO mundial da Enel, Flavio Cattaneo, para discutir investimentos da concessionária no Brasil. A empresa disse na época ter reafirmado a promessa de fazer um investimento de US$ 3,7 bilhões (quase R$ 20 bilhões) na operação brasileira.
 

Na sequência, Lula afirmou a jornalistas que, com o compromisso de investimento pela companhia italiana, o governo estaria disposto a renovar o contrato de concessão de energia.
 

Neste sábado, a Aneel adotou postura mais dura. Em nota à imprensa no início da tarde afirmou que iria intimar a Enel a "apresentar justificativas e proposta de adequação imediata do serviço diante das ocorrências registradas ontem e hoje, de falha na prestação do serviço de distribuição".
 

Como parte do processo de intimação, disse ainda que a proposta da empresa será avaliada pela diretoria colegiada da Aneel e, caso a Enel não apresente solução satisfatória e imediata da prestação do serviço, a agência poderá retirar os direitos de concessão.
 

Cerca de duas horas depois, o Ministério de Minas e Energia soltou nota afirmando que Aneel falhou ao não encaminhar a caducidade do contrato da Enel. Também informou que o ministro interrompeu suas férias para acompanhar o problema de perto e determinou a criação de uma sala de situação. A pasta afirmou no texto que não há qualquer indicativo de renovação da concessão da distribuidora em São Paulo.
 

Procurada pela reportagem para comentar, a Enel enviou nota informando que "reitera seu compromisso com a população em todas as áreas em que atua e seguirá investindo para entregar uma energia de qualidade para todos". Também destacou que técnicos da companhia seguem trabalhando para reconstruir trechos da rede elétrica danificados e restabelecer o serviço para cerca de 1,45 milhão de clientes que seguiam sem luz.
 

A concessionária disse também que o temporal que atingiu a cidade de São Paulo nesta sexta-feira foi um "evento climático extremo" que causou o desligamento de 17 linhas de alta tensão.

Homem mata esposa e sogra depois tira a própria vida em Vitória da Conquista

  • Bahia Notícias
  • 13 Out 2024
  • 08:02h

Foto: Blog do Anderson

Na noite deste sábado (22), um homem matou a esposa e a sogra e depois tirou sua própria vida no município de Vitória da Conquista. As informações são do site Blog do Anderson.

 

O atirador, identificado como Manoel Viana Campos, deixou o local em uma motocicleta e, pouco depois, se dirigiu ao Distrito Integrado de Segurança Pública (DISEP), localizado na Rua Sebastião Rodrigues Castro, onde tirou a própria vida. 

 

Os corpos de Manoel e das duas vítimas foram recolhidos pelo Departamento de Polícia Técnica e levados ao Instituto Médico Legal, juntamente com a arma utilizada no crime. Até o momento, as Forças de Segurança não divulgaram informações sobre a motivação dos ataques.

Avaliação de Lula segue estável e similar à de Bolsonaro após 1 ano e 9 meses, aponta Datafolha

  • Por Ana Luiza Albuquerque | Folhapress
  • 12 Out 2024
  • 13:13h

Foto: Marcelo Camargo / EBC | Isaac Nobréga / PR

Após um ano e nove meses de mandato, a gestão do presidente Lula (PT) é aprovada por 36% dos brasileiros, indica nova pesquisa Datafolha. Outros 32% a reprovam, e 29% a consideram regular. Não souberam responder 2% dos entrevistados.

O cenário é de estabilidade em comparação ao levantamento anterior, do fim de julho. Ali, o petista marcava 35% de ótimo e bom, 33% de ruim e péssimo e 30% de regular.

A avaliação atual de Lula é similar à do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à mesma altura do mandato.

Com um ano e oito meses de governo, já sob a pandemia do coronavírus, Bolsonaro era aprovado por 37% e reprovado por 34%, enquanto outros 27% consideravam sua gestão regular.

A nova pesquisa ouviu 2.029 pessoas com 16 anos ou mais em 113 municípios, na segunda (7) e terça-feira (8) desta semana. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou menos, dentro do nível de confiança de 95%.

Em seu segundo mandato, a aprovação do petista era muito superior à de agora. Em setembro de 2008, 64% dos entrevistados diziam que o governo Lula era ótimo ou bom e 28% afirmavam que era regular. Apenas 8% o consideravam ruim ou péssimo.

Nas gestões anteriores, do próprio Lula, de Fernando Henrique Cardoso, de Itamar Franco e de Fernando Collor, era maior a fatia dos brasileiros que se referiam ao governo como regular.
A partir do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), porém, com as gestões de Michel Temer (MDB), Bolsonaro e Lula, esse segmento se comprimiu. Ao mesmo tempo, cresceu a percentual daqueles que consideram o governo bom ou ótimo, ou ruim ou péssimo, refletindo a polarização política acentuada que segue em curso no país.

A nova pesquisa Datafolha mostra que Lula conta com maior aprovação entre os mais velhos (42% na faixa de 45 a 59 anos, e 44% na de 60 anos ou mais), entre os que estudaram até o ensino fundamental (51%), entre os que recebem até dois salários mínimos (46%) e entre os católicos (42%).

Por outro lado, o petista é mais rejeitado entre os homens (37%), entre os que completaram o ensino superior (40%), entre os que ganham mais de 10 salários mínimos (48%), entre os brancos (40%) e entre os evangélicos (41%).

Os entrevistados também foram questionados sobre a economia. Para 41%, a situação econômica do Brasil piorou nos últimos meses, enquanto 26% afirmam que ela melhorou, e 32%, que permaneceu igual.

Já a situação econômica do próprio entrevistado melhorou para 28% deles, piorou para 26% e continuou a mesma para 45%.

O cenário segue estável em relação ao último levantamento do Datafolha que contou com estas perguntas, de julho.

Os segmentos que mais apontam a melhora ou a piora da economia do país repetem aqueles que mais aprovam ou reprovam o governo.

A melhora é mais citada entre os mais velhos (30% na faixa de 45 a 59 anos, e 33% na de 60 anos ou mais), entre os que estudaram até o ensino fundamental (33%), entre os que recebem até dois salários mínimos (31%) e entre os católicos (30%).

Já a piora é mais mencionada entre os que completaram o ensino superior (48%), entre os que ganham de 5 a 10 salários mínimos (48%), entre os brancos (47%) e entre os evangélicos (50%).

Entre os que aprovam a gestão Lula, 79% indicam melhora na economia do país e 65%, na situação econômica pessoal. Entre os que reprovam, 63% falam em piora no cenário econômico brasileiro e 58%, no individual.

Para os que avaliam o governo petista como regular, a economia do Brasil permaneceu igual para 41%, piorou para 26% e melhorou para 19%. No caso da situação econômica pessoal, as mesmas porcentagens são de 37%, 22% e 23%.

Quase 70 mil pessoas anularam o voto no 1º turno em São Paulo por apertar números dos partidos de Lula e Bolsonaro

  • Bahia Notícias
  • 12 Out 2024
  • 11:00h

Foto: Divulgação;Ricardo Stuckert/PR

Dados divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) mostram que mais de 67 mil pessoas anularam o voto para prefeito de São Paulo no primeiro turno ao votar nos números do PT ou PL, partidos, respectivamente, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O número mais alto foi registrado em votos no número 13, do PT de Lula, que apoiou o candidato do PSOL, Guilherme Boulos. Inclusive, a candidata a vice-prefeita na chapa do Psolista é a ex-prefeita da cidade pelo PT, Marta Suplicy. No total foram 48.131 votos direcionados ao PT no 1º turno.

Esta foi a primeira eleição, desde a redemocratização, que o PT não colocou nenhum nome na disputa da capital paulista, optando por apadrinhar o candidato de esquerda.

Já o PL, partido do ex-presidente Bolsonaro, que usa o número 22, recebeu 18.899 votos na capital paulista. Bolsonaro nestas eleições apoiou o candidato Ricardo Nunes (MDB), mesmo que discretamente. Ainda assim, o candidato a vice de Nunes é o coronel Melo Araújo (PL), do mesmo partido de Bolsonaro.

Conforme o TRE, ainda houveram 756 votos no número 17, do extinto partido PSL, pelo qual o presidente Bolsonaro concorreu nas eleições de 2018, quando foi eleito presidente. Em 2022, o partido se fundiu com o Democratas, resultando no União Brasil.

Estes votos poderiam ter influenciado na colocação dos candidatos no primeiro turno. Nunes saiu do pleito com 25.012 votos a mais que Boulos. Se o candidato do PSOL tivesse recebido todos os votos do PT, teria terminado a frente de Nunes, mesmo que todos os votos destinados a Bolsonaro tivessem ido para o atual prefeito.

Estes votos também poderiam ter influenciado no avanço para o segundo turno na capital paulista, uma vez que o candidato Pablo Marçal (PRTB) terminou a disputa 56 mil votos atrás de Guilherme Boulos. A situação, no entanto, é muito improvável devido ao fato que Marçal é um ferrenho crítico e opositor ao presidente da República.

Os 67 mil votos destinados ao PT, PL e o PSL representam 16,03% dos 422 mil votos nulos no primeiro turno do pleito em São Paulo.

Fifa faz inspeção na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, candidata a sede para Copa do Mundo Feminina 2027

  • Bahia Notícias
  • 12 Out 2024
  • 09:27h

Foto: Maurícia da Mata / Bahia Notícias

Na tarde desta sexta-feira (11), uma equipe da Fifa esteve na Arena Fonte Nova e realizou uma fiscalização na praça esportiva que é uma das candidatas a receber a Copa do Mundo Feminina em 2027. Essa é a primeira rodada de inspeção, que teve seu início em 25 de setembro, no estádio Maracanã, no Rio de Janeiro. Hoje, A Fonte Nova foi a última arena vistoriada.

O grupo enviado pela federação máxima do futebol analisou as condições de serviços técnicos, manutenção do campo, hospitalidade, acessos, bilheteria, tecnologia, transportes e aeroportos.

Além dos membros da Fifa, integrantes do Governo do Estado, da Prefeitura de Salvador e da Federação Baiana de Futebol também estiveram presentes. Segundo Alexandre Gonzaga, presidente da Casa de Apostas Arena Fonte Nova, a Copa do Mundo Feminina trará resultados positivos para a capital baiana.

"Um evento desse porte traz uma visibilidade mundial, com impactos positivos para a economia, turismo, além de incentivar cada vez mais o nosso futebol feminino", explica o presidente da arena.

O gestor ainda ressaltou a experiência da cidade e da Casa de Apostas Arena Fonte Nova em, receber grandes eventos.

"Já mostramos em outras momentos, que temos toda a estrutura e capacidade em fazer grandes espetáculos e estamos na expectativa para mais um resultado positivo", concluiu Alexandre Gonzaga.

Caso seja escolhida como uma das sedes, a Fonte Nova terá o sexto grande evento esportivo internacional em seu catálogo. O estádio já recebeu a Copa das Confederações em 2013, a Copa do Mundo de 2014, as Olimpíadas em 2016, além das Eliminatórias da Copa de 2018 e a Copa América de 2019.

No mês de junho, a Seleção Brasileira Feminina desembarcou em Salvador para enfrentar a Jamaica em um amistoso. A equipe brasileira venceu as jamaicanas por 4 a 0, diante de um público de mais de 30 mil pessoas na Casa de Apostas Arena Fonte Nova.

No próximo mês, será a vez da Seleção Brasileira Masculina voltar para a capital baiana. Após um hiato de quatro anos, o Brasil vai enfrentar o Uruguai na Fonte Nova pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. O confronto válido pela décima rodada da competição acontecerá no dia 19 de novembro.

É Importante contextualizar que além de Salvador, outras cidades brasileiras são possíveis sedes e foram visitadas nessa primeira rodada de inspeção. Rio de Janeiro, Belém, Brasília, Recife, Belo Horizonte, Cuiabá, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre e São Paulo estão entre as candidatas.

De acordo a Fifa, no início de 2025 será divulgada a lista das cidades escolhidas.

Além de Sheila Lemos em Conquista, prefeito eleito de Ruy Barbosa também enfrenta pendência judicial; entenda

  • Bahia Notícias
  • 12 Out 2024
  • 07:55h

Foto: Reprodução/Bahia Notícias

Apesar das eleições terem encerrado, a discussão em torno do próximo prefeito do município de Ruy Barbosa ainda segue em discussão. O vencedor do pleito na cidade, o ex-prefeito Bonifácio (MDB), possui pendências junto à Justiça e está com a candidatura sub judice e pode nem chegar a assumir o mandato. Um caso parecido acontece com a reeleição de Sheila Lemos (União), em Vitória da Conquista.

A situação de Bonifácio se refere a inelegibilidade por contas negadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) no período em que foi prefeito de Ruy Barbosa, entre 2013 e 2016. A rejeição das contas, inclusive, foi endossada pela Câmara de Vereadores da cidade.

Segundo decisão do TCM, Bonifácio teria desviado R$ 1.170.554,35, do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) em 2015. Além disso, o tribunal constatou que o ex-prefeito não investiu o percentual mínimo em educação. 

O emedebista também é acusado de superfaturar contratos com a Cooperativa de Trabalho de Profissionais (Cooprofisa) e da empresa DAM Construtora e Incorporadora. Ao todo, tratos entre a prefeitura e as companhias chegam na casa dos R$ 4,4 milhões.

O gestor foi multado em R$ 50 mil pelas irregularidades identificadas durante a análise das contas e foi determinado que ele teria que restituir os R$ 4,4 milhões aos cofres da prefeitura, com recursos pessoais.

Ao todo, o prefeito tem contas rejeitadas nos anos de 2014, 2015 e 2016.

Bonifácio foi eleito com 55,06% dos votos válidos, sendo escolhido por 9.999 eleitores. Em segundo lugar ficou Marivaldo Leite (PSD), chegando a 41,77% com 7.568 votos.

CASO SHEILA LEMOS

No caso da prefeita reeleita em Vitória da Conquista, ela tem enfrentando acusações de irregularidades eleitorais relacionadas à continuidade familiar no poder. O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) formou maioria para declarar sua inelegibilidade em setembro, alegando que a candidatura representaria um terceiro mandato familiar consecutivo.

Sheila Lemos, que assumiu a prefeitura após a morte de Herzem Gusmão, contestou a decisão, argumentando que sempre atuou dentro dos parâmetros legais e que há jurisprudência favorável no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A mesma recorreu à decisão e seguiu no pleito nas eleições com liderança em pesquisa publicada no Bahia Notícias. 

SSP lança edital para contratação de 166 profissionais com salários de até R$ 4,2 mil

  • Bahia Notícias
  • 11 Out 2024
  • 20:24h

Foto: Elói Corrêa/GOV BA

Com salários até R$ 4,2 mil, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) divulgou, nesta sexta-feira (11/10), edital para contratação emergencial de 166 novos profissionais em Salvador e cidades do interior do estado.

 

As vagas, que são temporárias, irão prover as unidades do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e as inscrições estarão abertas entre os dias 21 até 28 de outubro.

 

CARGOS:

 

Auxiliar de necropsia; Técnico administrativo; Técnico de enfermagem; Técnico em anatomia patológica; Técnico em laboratório; Técnico em segurança do trabalho; Técnico em radiologia; Fisioterapeuta; Psicólogo; Secretariado executivo; Assistente social.

 

PROCESSO SELETIVO:

 

Haverá apenas uma única etapa de avaliação curricular, que será eliminatório e classificatório. As contratações terão duração de até 36 meses, com possibilidade de prorrogação por mais 36 meses. Quem cumpriu 72 meses de contrato REDA com o Poder Executivo da Bahia não poderá concorrer as vagas

 

CIDADES:

 

As vagas são para os municípios de Alagoinhas, Barra, Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Brumado, Camaçari, Euclides da Cunha, Eunápolis, Feira de Santana, Guanambi, Vera Cruz, Ilhéus, Irecê, Itaberaba, Itabuna, Itamaraju, Itapetinga, Jacobina, Jequié, Juazeiro, Luís Eduardo Magalhães, Paulo Afonso, Porto Seguro, Santa Maria da Vitória, Santo Amaro, Santo Antônio de Jesus, Seabra, Senhor do Bonfim, Serrinha, Teixeira de Freitas, Valença e Vitória da Conquista.

Mais de 2.000 bets ilegais serão derrubadas a partir desta sexta-feira, diz Haddad

  • Por Marianna Gualter e Cézar Feitosa| Folhapress
  • 11 Out 2024
  • 15:15h

Foto: Lula Marques / EBC

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (10) que a pasta enviou à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) uma lista de "pouco mais de 2.040" sites de apostas online irregulares, que devem ser derrubados a partir desta sexta-feira (11).

Segundo o ministro, essas bets não formalizaram pedido para continuar funcionando dentro do prazo estabelecido pelo governo. No início do mês, o Ministério da Fazenda divulgou uma lista, posteriormente atualizada, de bets que poderiam continuar em funcionamento no país. São 211 sites ligados a 96 empresas em âmbito nacional e outros 20 com licenças estaduais.

As bets deixadas de fora da relação divulgada pela Fazenda não podem mais fornecer jogos de apostas no Brasil até que consigam a autorização final do governo -com exceção das casas de apostas que operam com concessões estaduais.

O Ministério da Fazenda recomenda que os usuários recolham o dinheiro depositado nos sites de apostas que deixarão de funcionar. O prazo para a retirada dos recursos acaba nesta quinta-feira (10).

"As empresas de telefonia vão, por encaminhamento da Anatel, impedir o acesso em território nacional a esses sites, e as empresas -são 20 mil prestadoras de serviços de internet no Brasil- também vão fazer esse trabalho", disse Haddad na entrada do Ministério da Fazenda.

O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, confirmou o recebimento da lista. Ele disse, após reunião no Ministério da Fazenda, que a agência já começou a notificar as principais empresas de telecomunicações para prepararem o bloqueio das bets ilegais.

"Nós vamos monitorar as principais empresas do setor para garantir que esse bloqueio seja feito de forma efetiva e o mais rápido possível", disse Baigorri.

A lista de bets que podem continuar é composta por empresas que solicitaram autorização do governo federal até 17 de setembro para operar sites de apostas no Brasil -e que também cumpriram com requisitos burocráticos para o cadastro.

A Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda ainda vai analisar a regularidade de cada uma dessas empresas, com informações sobre a habilitação jurídica e a qualificação técnica das operadoras, para conceder autorização definitiva a partir de 2025.

O pente-fino deve ser realizado até o fim de dezembro. Somente terá concessão a empresa que passar pelos critérios técnicos e pagar R$ 30 milhões para o governo federal.

O cadastro não será fechado, e outras empresas podem pedir autorização a qualquer momento -assim como já há pedidos posteriores a 17 de setembro. A diferença das solicitações feitas depois é que não há garantia por parte do governo de que a análise ocorrerá até janeiro de 2025.

Desde o início do mês, as bets que não solicitaram autorização para operar no Brasil funcionam com restrições. Elas ficaram disponíveis na internet para que os apostadores pudessem resgatar dinheiro de prêmios.

O prazo de dez dias para os resgates termina na sexta. Segundo Haddad, quem não pediu o dinheiro de volta terá mais dificuldades para recuperá-lo.

"Fica mais complexo encontrar um caminho de resgate a partir de amanhã. O ideal é que as pessoas tomem as providências para restituírem aquilo que lhes é devido. Caso isso não aconteça, nós não temos neste momento uma alternativa tecnológica disponível", disse.

Uma das principais dificuldades levantadas para o bloqueio das bets, segundo empresários do setor de apostas, é garantir que as empresas irregulares não vão abrir novos sites, com links diferentes, para burlar o bloqueio da Anatel.

É o que ocorreu com a Blaze após ser derrubada por ordem judicial, em 2023. A própria empresa recomendou aos apostadores o acesso a sites paralelos que redirecionavam o usuário à plataforma de apostas.

Haddad afirmou que o governo fará um trabalho permanente para monitorar as bets que tentarem burlar o bloqueio. "Assim que chegar ao nosso conhecimento o novo endereço, você bloqueia", disse.

Ele avalia, porém, que mesmo os sites de apostas que buscarem novas formas de operar no Brasil não terão sucesso na empreitada.

"Ela [bet irregular] não está mais fazendo propaganda no Brasil. As empresas, as big techs e as emissoras e concessionárias de serviço público, jornais e revistas, não farão a publicidade dessas bets. Então, é muito difícil acessar o apostador com o novo endereço", afirmou o ministro.

O presidente da Anatel também desaconselhou que apostadores usem VPN ou outras formas para acessar as bets ilegais. Ele disse que o cidadão que tentar burlar o bloqueio "assume um risco que não vai ter proteção do Estado".

"É como comprar cigarro falsificado, gasolina falsificada, produtos falsificados. Ele está assumindo um risco, isso é muito perigoso, e o papel do Estado é justamente garantir que o ambiente regulado observe todas as regras e proteja os direitos do cidadão", disse Baigorri.