Facebook bloqueia links de rede social que paga a usuário para participar

  • 29 Out 2015
  • 20:03h

(Foto: Reprodução)

Quem tentar publicar um link da rede social Tsu no Facebook vai receber uma mensagem de erro dizendo que os sistemas detectaram o endereço como inseguro. De acordo com o site Huffington Post, essa é uma estratégia do site de Mark Zuckerberg para impedir o crescimento do concorrente. A página, nos primeiros seis meses de existência, atingiu 3,5 milhões de usuários, números melhores que os do próprio Facebook no começo. O que torna o Tsu uma ameaça tão grande para o Facebook é que ele distribui receita aos usuários. Assim, quem postar conteúdo, curtir e compartilhar nele acaba ganhando dinheiro. O Tsu fica com 10% de toda a receita vinda de publicidade. Os outros 90% são divididos entre os usuários.

 Quem publicou o conteúdo primeiramente fica com 50% da fatia restante, enquanto o resto será compartilhado entre quem o indicou para participar da rede ­só é possível se cadastrar após receber convite. Os usuários, depois, podem ficar com o dinheiro, transferir para um amigo ou doar a uma instituição de caridade. Só é possível receber cheques a partir de US$ 100. Outra diferença do Tsu para o Facebook é que todos os usuários que curtirem uma página vão receber suas publicações. Na rede de Zuckerberg, apenas uma parte acaba vendo as atualizações na própria "timeline". Os donos de páginas precisam pagar se quiserem mais audiência. Como o Facebook e suas empresas ­Instagram e WhatsApp­ são a principal fonte de informação para parte dos usuários da internet, o Tsu ter o link bloqueado significa que as pessoas terão dificuldade de saber de sua existência. O Facebook alega que o Tsu está violando termos de segurança de sua API ­ uma ferramenta que permite a desenvolvedoras compartilhar informaçõespara bloqueá­lo. "Se nós estivéssemos violando algum tipo de regulamento da API do Facebook, sendo que não estamos, teríamos recebido diversos tipos de avisos, que jamais chegaram. Isso sem falar que continuamos a receber mensagens de conformidade às regras, mesmo enquanto estamos bloqueados", disse Sebastian Sobczak, presidente­executivo do Tsu, ao Huffington Post