Crescem os casos de Calazar na região sudoeste

  • 24 Fev 2015
  • 15:43h

(Imagem: Reprodução)

O levantamento dos casos de leishmaniose (calazar) na região Sudoeste da Bahia preocupa as autoridades de saúde do estado. Ao todo, foram registrados 18 casos nas cidades próximas a Vitória da Conquista em 2014. Por se tratar de uma doença “negligenciada”, a preocupação é redobrada, já que pode levar a morte em até dois meses. A doença é transmitida por um mosquito, que infecta animais domésticos, como cães, e acaba retransmitindo para o ser humano. De acordo com o geógrafo e coordenador da Vigilância Epidemiológica do Núcleo Regional de Saúde, Eliezer Almeida, explica que a doença se torna mais preocupante em crianças e idosos, pela baixa imunidade, e pode levar à morte. “Não há uma estimativa concreta, mas podemos afirmar que, se não houver tratamento, entre 10 dias a 2 meses, a pessoa pode morrer”. Em entrevista à repórter Mônica Cajaíba, o coordenador explicou que há “doenças que chamamos de negligenciada, como doença de chagas, esquistossomose e outras. Nós temos a dengue, que é uma doença ‘elitizada’, e esquecemos esses outros agravos que é tão importante quanto a dengue. A leishmaniose, por exemplo,está entre as cinco maiores doenças endêmica, segundo a Organização Nacional de Saúde”. Ele ainda salientou que, em cinco municípios da região, incluindo Vitória da Conquista, a “transmissão é intensa”. “Em Barra do Choça houveram 10 casos de leishmaniose tegumentar em 2014 [que provoca graves danos na pele]”. Já em Mirante, houveram 4 casos do tipo visceral [ mais grave e que pode levar a morte], assim como em Vitória da Conquista (2), Tremedal e Pres. Jânio Quadros (1). “Vale ressaltar que, em 2007, Anagé e Caraíbas houve quatro mortes”, finalizou Eliezer Almeida.