Brumado: CEB se destaca na valorização da Consciência Negra

  • Daniel Simurro / Brumado Urgente
  • 29 Nov 2013
  • 14:31h

O projeto foi um grande sucesso (Foto: Gilvan Moreira)

O movimento pela valorização da Consciência Negra em Brumado vem ganhando espaço, atingindo paulatinamente os objetivos e, nesse ano de 2013, durante as manifestações, as quais são mais intensas no mês de novembro, o CEB - Colégio Estadual de Brumado teve um papel de grande destaque nesse contexto ao realizar o Projeto Cultural “Um olhar negro”, o qual teve em sua programação a realização de palestras, apresentações culturais e o Concurso da Beleza Negra. Sob o escopo da interdisciplinaridade e criado pelos professores Gilvan Moreira (Ed. Física), Débora Aguiar (Geografia) e Gilsa Nascimento (História), o projeto foi um grande sucesso e dimensionou ainda mais a importância do engrandecimento da cultura afro-brasileira, já que o Brasil foi criado sob a prisma da miscigenação de raças, criando um povo com uma cultura muito vasta e cheia de componentes extremamente interessantes. Com uma participação muito positiva dos alunos, os professores mostraram que a interatividade entre as partes vem sendo uma ferramenta muito positiva para o aprendizado. (Veja álbum de fotos)
 

A professora Selma Regina fez uma retrospectiva histórica muito interessante sobre o contexto da Consciência Negra no Brasil (Foto: Daniel Simurro / Brumado Urgente)

Um dos pontos altos do projeto foi a palestra proferida pela professora Selma Regina, especialista em Cultura Negra, que, com uma grande fluidez verbal fez um apanho histórico muito substancial, que mostrou a trajetória dos negros no Brasil. Fazendo um apanhado do que ela definiu como a “coisificação” da raça, a mestra fez um desabafo histórico extremamente contextualizado ao citar que “os negros vieram para o Brasil como mercadoria e não como seres humanos” e continuou “isso foi resultado da visão capitalista que estava se formando e que hoje é dominante na era moderna. Então fica aqui um questionamento será que mudou muita coisa de lá para cá. Será que os negros deixaram de ser tratados como “coisas” e sim como seres humanos”? Fica aqui essa pergunta no ar”. 

Os alunos participaram ativamente do projeto (Foto: Gilvan Moreira)