Zaga tetracampeã em 1994 vê Brasil muito exposto e teme pela excessiva dependência de Neymar

  • Extra
  • 28 Jun 2014
  • 12:45h

(Foto: Reprodução)

Aldair e Márcio Santos são do tempo em que vencer rivais sul-americanos era praticamente obrigação. Tetracampeões em 1994, os zagueiros sabem que hoje, contra o Chile, a missão brasileira não será tão fácil. Não pela tão falada evolução do futebol chileno, mas sim pelo fato de o Brasil, até agora, ter apenas um destaque na Copa: Neymar. — Há um tempo, quando o Brasil enfrentava adversários como a Venezuela, por exemplo, a dúvida era sobre qual seria o placar. Isso mudou pela nossa qualidade também. Contra Camarões, parecia jogo de tênis. A narração só falava Neymar e Camarões. Essa dependência preocupa — disse Márcio.



 

Assim como o companheiro de zaga, Aldair acredita que o Brasil de hoje precisa mais de Neymar do que aconteceu com Romário em 1994. Com a diferença de que, na conquista do tetra, a seleção tinha jogadores com mais talento do que os atuais.— Romário foi muito bem em 94, mas o time corria por ele, para ele decidir. Mas havia outros craques. Hoje, a diferença técnica entre Neymar e os demais jogadores é muito maior — acredita o ex-zagueiro rubro-negro.Quando o assunto é a defesa, a dupla de zaga do tetra também mostra sintonia. Márcio Santos alertou para a necessidade maior de proteção a Thiago Silva e David Luiz. E recorreu à campanha do tetra para explicar o ponto de vista:— Taffarel quase não foi exigido em 94. Nossa zaga está muito exposta, é preciso uma proteção maior. O Brasil correu riscos nos primeiros jogos, e o Julio Cesar precisou aparecer com frequência.Para Aldair, o Chile será a primeira prova de fogo na Copa, o momento para os atuais titulares mostrarem o prestígio que têm:— O Brasil ainda não foi testado de verdade, não houve um grande adversário. Thiago e David são excelentes, mas têm que comprovar isso em campo e com o título.