À espera de transplante, família vigia 24h por dia garota que não pode se ferir

  • 26 Dez 2015
  • 09:02h

(Foto: Reprodução)

Com apenas 1 anos e 9 meses, a garota Eloisa Almeida não pode se ferir. Devido a uma doença chamada plaquetopenia - que consiste no baixo nível de plaquetas no sangue -, ela sofre de um problema grave de coagulação. Por isso, Eloisa, que é de Goiânia, aguarda um doador de medula óssea compatível para um transplante. Enquanto o transplante não é feito, a menina é vigiada pela família 24h por dia e tem uma rotina limitada. A mãe da garota, Tatiane Almeida, conta que passa o tempo todo olhando a filha porque qualquer queda ou corte podem ser fatais. "Ela não pode ter uma queda, porque a função das plaquetas é coagular o sangue. Como ela não tem plaquetas suficientes, pode dar uma hemorragia e pode não dar tempo nem de chegar ao hospital", contou.

 

Tatiana sonha com o dia em que a filha se submeterá ao transplante. “Ia salvar a vida dela, vai poder ter vida normal, poder correr, cair levantar subir descer sem ninguém ter que ficar atrás tentando proteger”, disse a mãe. Tanto ela quanto o pai de Eloisa fizeram testes de compatibilidade para tentar doar a medula, mas os resultados foram negativos. A chance de encontrar um doador é uma a cada 100 mil pessoas. Devido à dificuldade, eles se revezam em plantões para vigiar a garota 24h por dia. "Quando a gente precisa sair, a gente fala 'tô saindo' e vem outro fica em cima dela'", conta a mãe. Segundo o médico Lisandro Lima Ribeiro, que atende a criança, ainda não existe um diagnóstico exato sobre o que causa da plaquetopenia. "Ainda estamos fazendo exames para tentar detectar com certeza o que provoca essa plaquetopenia. Acreditamos que possa ser uma malformação na medula, mas ainda é preciso ir mais a fundo na investigação", explicou.


Comentários

    Nenhum comentário, seja o primeiro a enviar.