Funcionários do Banco do Nordeste encerram greve na Bahia

  • 29 Out 2015
  • 09:58h

Funcionários decidiram encerrar greve que durou 23 dias. (Foto: Divulgação/ Sindicato dos Bancários da Bahia)

Os funcionários do Banco do Nordeste decidiram, em assembleia realizada na quarta-feira (28), encerrar a greve que durou 23 dias no estado. Os trabalhadores da instituição financeira foram os únicos entre os bancários que decidiram manter a greve, mesmo após a categoria ter decidido encerrar a paralisação na segunda-feira (26). Os funcionários retornam ao trabalho nesta quinta-feira (29). Em nota, o Sindicato dos Bancários da Bahia, afirmou que a proposta recebida pelo banco ainda é insuficiente e não abrange reivindicações como contratações e revisão do Plano Carreira e Remuneração (PCR). O sindicato diz que o banco teria enviado um comunicado aos gerentes para informar que as faltas a partir da última terça-feira (27) serão consideradas ausências não abonadas. Por conta da medida, a entidade protocolou uma recomendação no Ministério Público do Trabalho (MPT).

Fim da paralisação
Após 21 dias de paralisação, trabalhadores de bancos públicos e privados na Bahia decidiram encerrar a greve no estado na segunda-feira (26). Apenas o Banco do Nordeste rejeitou a proposta apresentada pelos empresários e manteve a paralisação. As agências foram reabertas na terça-feira (27). O diretor do sindicato do Banco do Nordeste na Bahia (BNB), Geraldo Galindo, informou ao G1na segunda (26) os trabalhadores seguiram a mesma decisão dos bancários do Ceará, estado que concentra a maior base da instituição financeira do BNB no país. "Temos questões peculiares históricas relacionadas a plano de saúde, plano de previdência e plano de cargos e remunerações", resume.


Greve
Durante o período em que os trabalhadores paralisaram as atividades, mais de 12 mil das 22.975 agências instaladas em todo o Brasil chegaram a fechar as portas. Na Bahia, mais de mil unidades suspenderam o expediente. O fim da greve foi uma recomendação do Comando Nacional dos Bancários, que sugeriu que a categoria aprovasse a proposta de reajuste salarial apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). O órgão, após várias negociações, ofereceu reajuste de 10% nos salários e benefícios, com ganho real de 0,11%, e de 14% no vales refeição e alimentação. A proposta foi apresentada na última rodada de negociações, no dia 23. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), os bancos aceitaram também abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total de 112 horas. Assim, após a volta ao trabalho, os bancários irão compensar, no máximo, uma hora por dia útil, até o dia 15 de dezembro. Inicialmente, os bancos ofereceram um reajuste de 5,5%, enquanto os bancários reinvindicavam uma correção de 16% nos salários. Depois, os bancos fizeram nova proposta de reajuste de 8,75%, mas  também foirejeitada pelos trabalhadores.


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