Caetité: Morre na manhã desta quinta-feira (08) o bispo brumadense Dom Homero Leite Meira

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  • 08 Mai 2014
  • 12:29h

(Foto: Divulgação)

Morreu, na manhã desta quinta-feira (08) na Fundação Hospital Senhora Santana o bispo brumadense Dom Homero Leite, causando muita comoção e tristeza na comunidade católica, já que ele era muito querido e admirado não só em Caetité e Brumado, mas em todos os locais pelo qual atuou em sua vida eclesiástica. Dom Homero estava com 84 anos e sua dedicação à vida sacerdotal é um grande exemplo a ser seguido, já que é notável e cheia de momentos relevantes. Ele que vinha lutando bravamente contra as enfermidades, já que sua saúde estava cada vez mais debilitada, não suportou e deixou a terra dos viventes partindo para a glória celestial, deixando muitas saudades nas suas ovelhas. A sua trajetória é digna de todos os aplausos. Confira a seguir:  

Filho de Hugolino Meira e de D. Ana Francisca Leite Meira, apelidada Donana, costureira, Homero Leite Meira, foi o terceiro e último filho do casal, que teve ainda mais dois filhos. Nascido em Brumado na época que a cidade era ainda chamada de “Bom Jesus dos Meiras. Nascido no dia 02 de Dezembro de 1931, mudou-se, juntamente com a sua família para Caetité em 1938, após seu pai ter sofrido um derrame, cidade que marcaria toda a vida do futuro oficial eclesiástico, já que nesta cidade se iniciou a sua vida religiosa, tendo o padre Osvaldo Pereira de Magalhães, como seu “padrinho”. Iniciou a vida paroquial como vigário de Piatã, pequena cidade da Chapada Diamantina, então com 700 habitantes, aos 24 anos. Ali fica por sete meses, retornando a Caetité onde, a pedido do bispo, torna-se secretário diocesano, a fim de preparar a chegada do novo prelado, Dom José Pedro Costa, que se deu a 13 de outubro de 1957. Em 1965 é nomeado para a paróquia de Urandi, onde tem grande apoio do caetiteense José Brito Silva e sua esposa, D. Nadir. Ali fica até 1968, quando é enviado para a Condeúba, a fim de substituir o Monsenhor Waldemar Moreira da Cunha, recentemente falecido. Encontra a cidade devastada pela cheia do rio Gavião, com mais de cem casas destruídas. Graças à sua intercessão junto ao Papa João XXIII, recebe ajuda para a reconstrução de muitas delas. Ali permanece por muitos anos, servindo ainda aos bispos Dom Silvério e Dom Eliseu. Após uma peregrinação a Aparecida, recebe uma carta do Núncio Apostólico, convidando-o a aceitar a nomeação feita pelo Papa, a fim de tornar-se o primeiro bispo de Itabuna. A notícia o surpreende, e aconselhado por D. Eliseu, fala com o próprio Núncio que, então, o convence. Conta Dom Homero que tinha apenas onze anos quando, na Catedral de Senhora Santana, quando sentiu o chamado para a vida religiosa. Foi durante uma celebração do pároco espanhol José Maria Vicente.Em 1944 retorna a família para Brumado. Intercedendo seu irmão Hugo junto ao vigário local – posto que a família não dispunha de recursos para custear-lhe o seminário – este decide ali mesmo iniciar sua formação, devendo ir no ano seguinte para Caetité, prosseguir no Seminário.Em Caetité, hospeda-se no Palácio Episcopal, sendo bispo então Dom Juvêncio de Brito, realizando em Salvador o restante de sua formação. Sua tonsura foi conferida por Dom Antônio Monteiro, o presbiterado pelo então bispo de Caetité, Dom José Terceiro de Sousa. Sua ordenação deu-se a 8 de dezembro de 1955, em São Miguel das Matas, onde laborava seu grande amigo, o padre Gilberto Vaz Sampaio, com a presença do bispo de Caetité. Desde 1984 voltou a morar Dom Homero em Caetité, onde assiste aos doentes, aos presos, além de celebrar missas. Deu início, na cidade, ao Movimento Carismático, que assiste em capela própria, sempre com humildade na terra que define de “clima muito bom. Água, uma das melhores do mundo. E, sobretudo, povo realmente muito bom, máxime nas horas da dor”.

 

 


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