Pessoas com diabetes têm mais chance de ter tuberculose; palestra fala sobre cuidados

  • 25 Fev 2017
  • 18:41h

(Foto: Reprodução)

Os pacientes com diabetes têm mais chance de desenvolver tuberculose do que a população em geral, risco que aumenta se o diabetes estiver fora de controle. O tema será abordado em uma palestra do médico Afonso Roberto Batista, especialista em Pneumologia pela Escola Nacional de Saúde Pública. O evento ocorrerá no dia 7 de março, das 9 às 12h, no auditório do Centro de Atenção à Saúde (CAS). A palestra é promovida pelo Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba), por meio da Coordenação de Educação em Diabetes e Apoio à Rede (Codar). Segundo o especialista, o diabetes bem controlado é muito importante para evitar doenças infecciosas que, ao serem instaladas, aumentam a glicemia. E com a tuberculose não é diferente. Por isso, é importante que o diabetes seja identificado precocemente, ao contrário da realidade atual, em que uma parcela significativa dos pacientes só tem o diagnóstico quando já apresenta complicações. 

No caso da tuberculose, o diagnóstico precoce também é fundamental, apesar de, em muitos casos, a confirmação da doença aconteça quatro meses depois de instalada. No Brasil, de acordo com o especialista, o número de pessoas com tuberculose continua crescendo no Brasil, depois do aumento de pessoas infectadas pelo HIV, pelas multidrogas resistentes e pelo abandono do tratamento, que exige o uso de quatro drogas durante seis a nove meses. Também fatores sociais, como a pobreza, que refletem na baixa qualidade de habitação, alimentação e saneamento contribuem para o aumento da doença. Dados da Organização Mundial de Saúde indicam que 30% da população possui o bacilo de Koch (tuberculose infeccção), condição que difere da tuberculose doença, que exige tratamento. No caso do paciente diabético, o Ministério da Saúde recomenda para o teste positivo de PPD (avalia a presença do bacilo de Koch) maior que 5%, o início do tratamento com uma droga, em vez de quatro (usada na tuberculose doença) no prazo de seis a nove meses.


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