Modera fará ato público contra as barragens do agronegócio

  • Modera
  • 14 Abr 2014
  • 10:19h

(Foto: Léo Soares)

Necessidade de água para abastecimento humano e construção de barragens para irrigar uma grande cultura de batatas. Esses são interesses que podem culminar num conflito pelo uso da água na Região do Alto Contas. O Consórcio das empresas Hayashi, Bagisa e Arikita tem um projeto para construção de duas barragens no Riacho das Pedras, afluente do Rio das Contas e localizado em área próxima às suas nascentes, no Município de Piatã – Bahia e essas barragens serão destinadas à captação de água para irrigação de uma grande cultura de batatas. O projeto além de despertar a preocupação de agricultores familiares daquele Município, também tem inquietado a sociedade organizada e a Prefeitura de Brumado. A apresentação do projeto foi assunto de pauta da Reunião Plenária Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Contas, no último dia 21 de março, na Cidade de Brumado, mas os técnicos do Consórcio não compareceram. Então, considerando que o Comitê deve arbitrar em primeira instância administrativa os conflitos pelo uso da água, o seu Presidente Aurelino Barros Meira, convocou uma Plenária Extraordinária, para esta terça-feira, dia 15 de abril, às 09:00 horas, no Auditório do SEMAC (antigo Fórum) em Brumado, a fim de que os técnicos do Consórcio apresentem o projeto e assim haja discussão e deliberação sobre esse empreendimento. No sentido de fazer um protesto pacífico e ordeiro, bem como contribuir para formar opinião contra o projeto, o MODERA, os ABRACADABRA, a APDEMB, o Levante Popular da Juventude e a SEMAR estão preparando um ato público com carro de som e faixas, para esta terça-feira, às 08:00 horas, em frente ao prédio do Auditório do SEMAC. Na opinião das lideranças do MODERA e dos seus parceiros, o Alto Contas trata-se de uma região fisiográfica frágil, caracterizada por chuvas irregulares, estiagens prolongadas, rios temporários e a predominância de uma vegetação que dificilmente se regenera. Portanto, consideram que o empreendimento do agronegócio só irá acentuar o déficit hídrico e os conflitos pelo uso da água.


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