Bahiafarma pode se tornar o primeiro laboratório do Brasil a criar e comercializar próteses ortopédicas

  • 28 Set 2016
  • 16:56h

(Foto: Reprodução)

Pioneira em testes rápidos para detectar zika e chikungunya, a Bahiafarma abriu os caminhos para se tornar também o primeiro laboratório público do país a criar e comercializar próteses ortopédicas. Ontem, a fábrica de medicamentos do governo do estado deu entrada na Anvisa com um pedido para produzir em larga escala o acetábulo monocomponente, substituto do osso que serve como encaixe entre o fêmur e o quadril.  Utilizada em pacientes acometidos por artrose na cartilagem do quadril ou fratura grave, a prótese permite recuperar movimentos perdidos e curar dores agudas, muito comuns aos dois casos. Efeito da parceria de transferência tecnológica firmada entre a Bahiafarma e a empresa italiana Gruppo Bioimpianti, referência mundial no setor, o desenvolvimento do componente é passo inicial para que o SUS reduza a dependência de produtos e insumos importados, que se tornaram uma das grandes fontes de despesas para o setor de saúde pública.

Redução de danos
“Próteses ortopédicas são itens de alta demanda no SUS, sem que haja fornecimento por parte dos laboratórios públicos. Com nossa entrada no segmento, poderemos provê-lo de produtos com qualidade internacional e garantir economia para os cofres públicos”, avaliou o diretor-presidente da Bahiafarma, Ronaldo Dias. Ao mesmo tempo, a fabricação de acetábulos monocomponentes diminui os tentáculos de empresas que monopolizam o comércio desses produtos no Brasil. Muitas delas investigadas por suspeita de envolvimento com a chamada “máfia das próteses”, grupo conhecido por fraudar e superfaturar licitações  em órgãos de saúde.


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