Agressividade e mau desempenho escolar podem indicar abuso

  • Da Redação
  • 28 Mar 2014
  • 11:50h

(Foto Ilustrativa)

No início do ano letivo, professores, coordenadores pedagógicos, diretores e servidores das escolas públicas da educação básica do Distrito Federal (DF) receberam o Guia Escolar – Rede de Proteção à Infância para auxiliá-los a identificar sinais de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. O Centro de Referência da Criança e do Adolescente do DF registrou 300 denúncias de violência contra crianças e adolescentes entre janeiro e abril de 2013. Entre os tipos de violência relatados, 72% são de negligência, 48% de violência psicológica, 39% de violência física e 23% de violência sexual. O levantamento revelou um aumento de 29,73% no total de denúncias entre 2012 e 2013. Não necessariamente houve mais casos, mas os números refletem no mínimo uma mudança de comportamento, conforme destaca a subsecretária de Políticas para Crianças da Secretaria do Estado da Criança do DF, Maura Luciane de Souza. “Esse aumento mostra que as pessoas estão incomodadas com o assunto e estão denunciando. Quanto mais denúncias, mais deveriam ser elaboradas políticas de proteção”, diz. Com o guia, as secretarias da Criança e da Educação do DF pretendem que os profissionais da educação sejam aliados na missão de identificar crianças e adolescentes vítimas de violência. Para Maura, a escola tem papel fundamental nessa questão. Além de capacitar o profissional, a subsecretária considera importante fortalecer a escola como um espaço de articulação com outros setores, como o da saúde, por exemplo. Maura acredita que o tema tem sido pauta e agenda política no País. “Ele tem saído de debaixo do tapete. Há muitos anos, era um pudor”, observa. 


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