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“Muito cedo para dizer”, afirma diretora do FMI sobre impacto econômico do conflito entre Israel e Hamas

  • Bahia Notícias
  • 13 Out 2023
  • 07:48h

Foto: Diogo Zacarias / MF

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou que ainda é cedo para apontar quais serão os prováveis impactos econômicos para a economia mundial do atual confronto militar entre Israel e o grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza, no Oriente Médio. A informação é da Agência Brasil.

“Estamos acompanhando muito de perto a forma como a situação evolui. Especialmente, como ela está afetando os mercados petrolíferos, mas ainda é muito cedo para dizer [algo] em termos de [potenciais] impactos econômicos”, declarou Georgieva a jornalistas que estão acompanhando a reunião anual do FMI, que acontece em Marrakech, no Marrocos - o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também participa do evento.

Destacando que vários países têm sido afetados por catástrofes naturais, como o próprio Marrocos, onde, em setembro, um terremoto matou milhares de pessoas, e também por guerras “que causam perdas trágicas de vidas civis e um enorme sofrimento”, Georgieva disse que o mundo, “ainda enfraquecido pelo baixo crescimento econômico” global, passa por “choques graves que estão se tornando o novo normal”.

“Esta é uma nova nuvem no horizonte já não mais ensolarado da economia mundial. Uma nova nuvem desnecessária e que escurece o horizonte”, acrescentou a diretora-geral do FMI, lembrando que, em virtude do confronto entre Israel e Hamas, os preços do petróleo vêm flutuando nos mercados internacionais. “Vimos alguns altos e baixos nos preços do petróleo [ao longo da semana], como reação dos mercados. Estamos monitorando isso de perto.”

CONFLITO

No último sábado (7), o Hamas, grupo islâmico de resistência ao avanço israelense sobre o território palestino e que controla a Faixa de Gaza, deflagrou o mais ousado ataque contra o território israelense em décadas, atingindo civis e militares indistintamente, pela terra e pelos céus. A ofensiva provocou uma severa reação militar de Israel, que passou a bombardear ininterruptamente a Faixa de Gaza – um estreito pedaço de terra de cerca de 41 quilômetros de comprimento por 10 quilômetros de largura, banhada pelo Mar Mediterrâneo, onde vivem cerca de 2,2 milhões de palestinos.

Em seis dias de conflito, as autoridades palestinas afirmam já ter contabilizado ao menos 1.417 mortos em Gaza. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), ao menos 340 mil moradores de Gaza já tiveram que deixar suas casas e comunidades.

 

Israel, por sua vez, garante que mais de 1,3 mil pessoas de várias nacionalidades já morreram em consequência do ataque inicial do Hamas e dos mísseis que o grupo palestino continua lançando contra comunidades israelenses próximas à fronteira.

Itamaraty pede que Israel não bombardeie abrigo de brasileiros e outras notícias desta quinta

  • Por Folhapress
  • 12 Out 2023
  • 17:15h

Foto: Reprodução / X (ragipsoylu)

Itamaraty pede que Israel não bombardeie abrigo de brasileiros, Dino deve acionar Barroso sobre mandado de prisão de líder do CV, ceca na Amazônia paralisa transporte pelos rios e outras notícias para começar esta quinta-feira (12).
 

GUERRA ISRAEL-HAMAS

Brasil pede que Israel não bombardeie abrigo de seus cidadãos em Gaza. Escola católica que já foi atacada vira refúgio para 13 dos 28 brasileiros que aguardam repatriação.

GUERRA ISRAEL-HAMAS

Ataques elevam tensão e temor de segunda frente no norte de Israel. Hamas lança foguete de maior alcance, Hizbullah troca tiros e alerta de infiltração soa na região.

 

O FUTURO DA ESQUERDA

Polarização e evangélicos tornam Palestina e ditaduras terreno minado para a esquerda. Governo Lula tenta se equilibrar entre tradição da diplomacia brasileira e pressões da política interna.

HISTÓRIAS DA POLÍTICA

Lula viu pavor de aliados em noite do 1º turno e buscou abafar susto com Bolsonaro

Desempenho do então presidente fez 'cair ficha' do PT quando foi selada a prorrogação da campanha

RIO DE JANEIRO

Dino diz que deve acionar Barroso sobre sumiço de mandado de prisão de líder do CV. Dados de Wilton Quintanilha saíram do sistema nacional de foragidos; ministro da Justiça afirma que possível infiltração do crime organizado será apurada.

INDÍGENAS

Governo Lula ignora há 6 meses recomendação do MPF para emergência em saúde na Terra Indígena Mundurucu. Contaminação de indígenas por mercúrio do garimpo ilegal e falta de assistência motivaram pedido da Procuradoria; Saúde não responde.

ATAQUE A ESCOLA

Feridos em ataque a escola em Poços de Caldas passam por cirurgia, e estado é muito grave. Adolescentes de 13 anos foram golpeados a facadas por ex-aluno; outro jovem, de 14 anos, morreu.
 

MERCADO

Seca na Amazônia deixa barcos encalhados e paralisa transporte pelos rios

Rios Negro e Madeira registram menores níveis de água de série histórica

COTIDIANO

Aparecida espera 250 mil fiéis para celebrações da Padroeira do Brasil

Ao todo, sete missas serão realizadas nesta quinta-feira (12) no Santuário Nacional

COTIDIANO

Thiago Brennand é condenado a 10 anos de prisão por estupro. Defesa nega acusação, diz que decisão se baseou na palavra da vítima e que vai recorrer.

EDUCAÇÃO

Com mensalidade de R$ 15 mil, Avenues São Paulo é vendida para grupo britânico. Nord Anglia Education compra escola paulistana e unidade de Nova York do grupo.

ILUSTRADA

Por que Israel tem tantas raves como a Universo Paralello, que foi atacada. Cidades como Tel Aviv, um oásis de liberdade em meio a tantos estados ditatoriais, impulsionou as festas nos desertos do país.

MERCADO

Novo golpe desvia dinheiro do Pix pelo celular. Fraude já fez mais de 6.300 vítimas no Brasil, segundo dados da empresa de segurança online Kaspersky.

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Conflito entre Israel e Hamas entra no 2º dia; ao menos 576 pessoas já morreram

  • Por Folhapress
  • 08 Out 2023
  • 10:02h

Foto: Getty Images

Cerca de 24 horas depois do começo dos ataques entre o grupo extremista Hamas e Israel, o número de mortos na Faixa de Gaza é de ao menos 313 e o de feridos, 1.990, informou o ministério da Saúde palestino neste domingo (8). Ao menos 20 dos mortos são crianças.
 

De acordo com os últimos dados divulgados pelas autoridades, a contagem de mortos chegou a 576, dos quais 256 em Israel e sete na Cisjordânia.
 

Cerca de mil combatentes do Hamas, facção que controla a Faixa de Gaza, lançaram aproximadamente 5.000 foguetes e entraram por terra, mar e ar em solo vizinho no sábado (7). Neste domingo, o conflito alastrou-se: militares israelitas relataram que morteiros foram disparados do Líbano para o norte de Israel.

O grupo armado Hezbollah assumiu a autoria dos ataques no norte do território israelense, dizendo que estava "em solidariedade" com o povo palestino. A ação teve como alvo três postos, incluindo um "local de radar" nas Fazendas Shebaa, uma fatia de terra ocupada por Israel desde 1967 que o Líbano reivindicou como sua.
 

As forças israelenses responderam com ataques de artilharia ao Líbano e uma ofensiva de drones a um posto do Hezbollah perto da fronteira. Não houve relatos de vítimas.
 

Um porta-voz militar israelense disse que operações estavam acontecendo em oito áreas ao redor de Gaza no domingo. A cidade amanheceu com fumaça preta, flashes de cor laranja e faíscas no céu devido às explosões. Drones israelenses podiam ser ouvidos no alto.
 

Depois de uma reunião noturna do gabinete de segurança de Israel, o governo anunciou na manhã deste domingo que o objetivo da sua operação retaliatória em Gaza era "conseguir a destruição das capacidades militares e de governo do Hamas e da Jihad Islâmica de uma forma que impediria a sua capacidade e vontade de ameaçar e atacar os cidadãos de Israel durante muitos anos".
 

"Estamos embarcando numa guerra longa e difícil que nos foi imposta por um ataque assassino do Hamas, acrescentou o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, em comunicado.
 

Ao lançar o ataque no sábado, o Hamas disse que a ofensiva foi motivada pelos "ataques crescentes" de Israel contra os palestinos na Cisjordânia, em Jerusalém e contra os palestinos nas prisões israelenses. O comandante militar do grupo, Mohammad Deif, convocou os palestinos de todo o mundo para lutar.
 

Considerado terrorista pelos Estados Unidos e boa parte dos países europeus, o Hamas prega a destruição de Israel em seu estatuto. Foi criado em 1987, após o início da primeira intifada, levante palestino contra forças israelenses.
 

A escalada surge num contexto de violência crescente entre Israel e militantes palestinos na Cisjordânia ocupada por Israel, onde uma autoridade palestina exerce um governo limitado, à qual se opõe o Hamas.

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Sob pressão na guerra, Ucrânia recebe apoio da União Europeia

  • Por Igor Gielow | Folhapress
  • 02 Out 2023
  • 18:43h

oto: Serviço de Imprensa da Ucrânia / Reuters

O temor da perda de apoio ocidental para o esforço de guerra da Ucrânia contra a Rússia levou os chanceleres da UE (União Europeia) a Kiev nesta segunda (2), na primeira ocasião em que um encontro deste tipo ocorre em um país que não integra o bloco."
 

Eu estou certo de que a Ucrânia e todo o mundo livre são capazes de vencer esse confronto. Mas noss a vitória depende diretamente da cooperação com vocês", afirmou o presidente Volodimir Zelenski aos representantes dos 27 países integrantes do grupo.
 

Apesar das palavras de comprometimento e apoio a Zelenski, duas grandes sombras oriundas do fim de semana cobriram o evento: o temor de uma mudança no apoio militar americano à Ucrânia e a vitória de um partido pró-Rússia na eleição parlamentar da Eslováquia, membro da UE e da Otan [aliança militar ocidental].
 

 

No sábado (30), um acordo emergencial no Senado fez passar um projeto de lei sobre gastos federais para evitar, por 45 dias, a paralisação dos serviços do governo. O texto não traz previsão de ajuda à Ucrânia, um dos temas controversos entre a oposição republicana e a situação democrata.
 

No domingo (1º), o presidente Joe Biden fez um apelo para que a negociação final retome a ajuda nos termos atuais. O país é, de longe, o maior doador militar da Ucrânia. Segundo o Instituto para a Economia Mundial de Kiel (Alemanha), do início da guerra em 24 de fevereiro de 2022 até 31 de julho deste ano, R$ 223 bilhões dos R$ 370 bilhões enviados por Washington a Kiev foram em armamentos.
 

O chanceler ucraniano, Dmitro Kuleba, tentou minimizar a situação ao receber os colegas europeus. "Nós não sentimos que o apoio americano foi estilhaçado porque os EUA entendem que o que está em jogo na Ucrânia é bem maior do que só a Ucrânia", afirmou, ao lado do chefe da diplomacia da UE, o espanhol Josep Borrell.
 

Ele foi menos enfático em relação à outra má notícia para Kiev no fim de semana, a vitória do partido nacionalista Smer (Direção) na eleição da Eslováquia, país vizinho à Ucrânia. "É muito cedo para julgar", afirmou, citando o fato de que a sigla do ex-premiê Robert Fico terá de formar um governo de coalizão nas próximas duas semanas.
 

O vencedor, contudo, foi inequívoco ao dizer que manterá as promessas de fim do apoio eslovaco, que incluiu o envio de sistemas antiaéreos e caças MiG-29, ao esforço de guerra ucraniano. "A Eslováquia e seus habitantes têm problemas mais importantes do que a Ucrânia. Estamos preparados para ajudar a reconstruir o Estado ucraniano, mas vocês conhecem nossa opinião sobre armá-lo", disse.
 

No próximo dia 15, a Polônia irá às urnas para escolher parlamentares, e o atual governo está cada vez mais crítico de Kiev, tendo inclusive anunciado que não mais enviaria armas para Zelenski em favor de seu próprio rearmamento. Em outro vizinho da Ucrânia, a Hungria, o governo de Viktor Orbán se declarou contra apoio incondicional aos invadidos e condena as sanções contra a Rússia, ainda que as aplique no âmbito da UE.
 

A Eslováquia é sexta maior apoiadora da Ucrânia em termos de porcentagem do seu Produto Interno Bruto enviado como ajuda. A UE, como instituição, é dona da maior fatia de ajuda a Kiev na guerra: R$ 450 bilhões, embora R$ 410 bilhões sejam em repasses financeiros, não militares.
 

O calendário eleitoral é um fator importante também nos EUA, onde os republicanos cada vez mais refratários ao apoio de Biden à Ucrânia deverão pressionar por uma modulação do presidente na campanha pela Casa Branca em 2024.
 

O tempo corre contra Kiev, e também o clima. As primeiras chuvas do outono do Hemisfério Norte devem começar nos próximos 15 dias, dificultando a já ineficaz contraofensiva iniciada em junho por Zelenski. Ela teve ganhos incrementais, mas estudo divulgado pelo jornal americano The New York Times, insuspeito de simpatias por Putin, mostrou que foram menos do que os também poucos avanços dos russos neste verão.
 

Restaram a Zelenski ações mais ousadas e midiáticas, como os ataques à Frota do Mar Negro da Rússia na Crimeia e o emprego de drones contra o território russo, particularmente bases aéreas. Mas o balanço da guerra tem favorecido a Rússia no longo prazo.
 

A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, pediu empenho especial aos colegas para preparar a Ucrânia contra uma segunda onda de bombardeios de sua infraestrutura energética no inverno europeu. De outubro a janeiro passados, a Rússia deixou repetidamente o país no escuro.
 

"No inverno passado, vimos a forma brutal com que o presidente russo está conduzindo essa guerra", afirmou ela. Zelenski foi na mesma linha: "É muito importante maximizar o reforço do escudo sobre o céu da Ucrânia antes do inverno. Os sistemas de defesa aérea que já recebemos, como o Patriot, o Iris-T, Nasams e outros, já estão salvando vidas", disse.
 

No Kremlin, o discurso oficial é o de não celebrar demais as agruras do adversário. A votação nos EUA, disse o porta-voz Dmitri Peskov nesta segunda, "é um fenômeno temporário". "Os EUA vão continuar seu envolvimento neste conflito, de fato um envolvimento direto", afirmou.
 

Sobre a vitória de Fico na Eslováquia, ele foi econômico, dizendo que "é um absurdo que políticos sensatos que buscam o interesse de seu país sejam chamados de pró-Rússia".

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Trump vai a tribunal para julgamento em que é acusado de fraude fiscal

  • Por Folhapress
  • 02 Out 2023
  • 15:22h

Foto: Seth Wenig /Pool / Reuters

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump compareceu nesta segunda-feira (2) perante o tribunal de Nova York, no qual está sendo processado no civil, junto com dois de seus filhos, acusados de fraude em ativos imobiliários pela procuradora Letitia James.
 

Procuradora disse que "a Justiça prevalecerá". "A lei é, ao mesmo tempo, poderosa e frágil. Hoje, no tribunal, embasaremos nosso caso com provas", afirmou.
 

"Não importa quão poderoso alguém seja, não importa quão rico alguém seja, ninguém está acima da lei", acrescentou a procuradora.
 

 

Trump, por sua vez, chamou o julgamento de "simulacro" de Justiça e disse que parecia "um show de horror".
 

O ex-presidente, o principal candidato à indicação presidencial republicana para 2024, é acusado pela procuradora de inflar o valor de seus ativos em bilhões de dólares para garantir melhores condições de empréstimos e seguros.
 

James está buscando pelo menos 250 milhões de dólares em multas, uma proibição permanente contra Trump e seus filhos Donald Jr. e Eric de administrarem empresas em Nova York e uma restrição de cinco anos às atividades imobiliárias comerciais de Trump e de sua principal organização, a Trump Organization.
 

O juiz Arthur Engoron decidiu na semana passada que James havia provado seu caso de fraude contra Trump, seus dois filhos adultos e 10 de suas empresas.
 

Engoron descreveu em termos contundentes como eles inventaram avaliações. Isso incluiu Trump calculando o valor de seu apartamento na Trump Tower como se fosse três vezes maior do que o tamanho real.
 

"Uma discrepância dessa ordem de grandeza, feita por um incorporador imobiliário que avalia seu próprio espaço de décadas, só pode ser considerada fraude", disse ele.
 

Engoron cancelou os certificados comerciais das empresas que controlam os pilares do império de Trump -incluindo a Trump Tower e seus clubes de golfe em Nova York- e disse que nomeará administradores para supervisionar sua dissolução.

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Biden enfrenta dúvidas de democratas como nome do partido em eleição de 2024

  • Por Fernanda Perrin | Folhapress
  • 29 Set 2023
  • 17:25h

Foto: Jim Watson/AFP

Para 62% dos democratas, outra pessoa que não Joe Biden deveria ser o candidato do partido na eleição presidencial de 2024. A rejeição crescente da base eleitoral ao presidente à medida que o pleito se aproxima finalmente acendeu um sinal de alerta no establishment político.
 

A situação é oposta à que vive seu provável adversário, Donald Trump. Enquanto o republicano tem uma base firme de apoio dentro do partido, o mesmo não se reflete nas lideranças da sigla.
 

Até agora, o principal nome que se coloca oficialmente como alternativa a Biden entre os democratas é Robert F. Kennedy Jr. Apesar do sobrenome ilustre, é visto como um outsider do partido devido a suas abertas posições antivacina e defesa de teorias da conspiração.
 

 

Mas, à medida que as dúvidas sobre a viabilidade eleitoral do atual presidente aumentam, outros começam a vir a público se colocar à disposição da liderança democrata. Em entrevista veiculada na última segunda (25), o deputado Dean Phillips, de Minnesota, que vinha flertando com a ideia, afirmou que não desistiu da pré-candidatura diante das recentes pesquisas de opinião.
 

"Estou preocupado que algo possa acontecer entre agora e novembro do próximo ano que transformaria a Convenção Democrata em Chicago em um desastre total. E, para um partido que está agindo como os adultos na sala, graças a Deus, estou preocupado que não estamos agindo da mesma forma em relação à nossa estratégia eleitoral. Então, estou considerando isso [disputar a nomeação]", disse ao podcast The Warning, comandado pelo estrategista político Steve Schmidt.
 

Mesmo reconhecendo que seria difícil ser bem-sucedido na tentativa, Phillips destacou que há pessoas mais preparadas e com maior visibilidade nacional do que ele para concorrer -um leque que não inclui Biden.
 

Nas últimas semanas, nomes importantes pediram ao presidente que ele desista da reeleição. Entre eles, o colunista David Ignatius, do jornal americano The Washington Post, que vê na tentativa o risco de Biden desfazer sua principal conquista eleitoral: ter derrotado Donald Trump.
 

Maureen Dowd, do The New York Times, escreveu que não discorda da opinião do colega. E mais: alertou que o círculo mais próximo do democrata está minando sua imagem mesmo que ao tentar evitar que ele pareça fraco e senil, como pintado por republicanos e reforçado por gafes e momentos de confusão do próprio presidente.
 

Em público, as lideranças democratas seguem afirmando seu apoio ao ocupante da Casa Branca. Em privado, no entanto, há uma ansiedade crescente com a viabilidade eleitoral de Biden, exposta em reportagens na imprensa que ouviram dezenas de membros do partido sob condição de anonimato.
 

"É melhor alguém acordar de uma vez nessa porra", disse o estrategista político James Carville, conhecido por sua atuação na campanha de Bill Clinton em 1992. No Brasil, ele também foi consultor de Fernando Henrique Cardoso em 1994.
 

Em entrevista ao apresentador e comediante Bill Maher, Carville afirmou que se as eleições fossem em novembro deste ano, apostaria que Trump seria o favorito. Para ele, se os democratas disputassem o pleito com um candidato com menos de 60 anos de idade --Biden tem 80--, teriam 55% dos votos
 

Maher completou: se em 2020 Biden era o único democrata capaz de vencer o republicano, agora ele é o único capaz de ser derrotado por ele.
 

Pesquisas apontam que a principal fragilidade de Biden é, de fato, a sua idade. Para 59% dos americanos, a capacidade mental e física do democrata exercer um segundo mandato é uma grande preocupação, segundo levantamento da NBC divulgado no domingo. Outra pesquisa, essa da Associated Press-Norc, mostra que 77% da população o vê como velho demais para ser eficiente por mais quatro anos.
 

A campanha democrata chegou a montar uma estratégia para evitar que Biden tropece em público, como ocorreu em junho em uma imagem que correu o mundo como símbolo de um presidente frágil. Desde então, ele vem usando tênis esportivos e as escadas mais curtas do avião Air Force One, segundo o portal Axios.
 

Outro ponto fraco de Biden é a economia. Embora o desemprego esteja em níveis historicamente baixos e a inflação esteja desacelerando, a disparada de preços no ano passado ainda pesa no bolso do eleitorado. Republicanos atribuem a culpa aos enormes pacotes de gastos para estimular a economia.
 

A esses problemas, somam-se ainda as investigações sobre os negócios suspeitos do filho do presidente, Hunter, acusado formalmente por um procurador do Departamento de Justiça, e o processo de impeachment que corre no Congresso --mesmo que com chance ínfima de aprovação.
 

Em pesquisas de intenção de voto, o presidente ora aparece empatado com Trump, ora aparece atrás dele -levantamento do Washington Post mostrou o democrata nove pontos aquém do republicano, embora o próprio jornal tenha admitido que o resultado é atípico em relação à tendência captada por outros institutos até agora.
 

O cenário, que já é ruim para Biden, fica pior com a perspectiva de um terceiro nome concorrendo à Presidência -seja do partido Verde, do Libertários ou do No Labels, grupo que tenta emplacar uma chapa bipartidária. Embora nenhum deles tenha chances de vencer o pleito, eles podem tirar votos essenciais para os democratas derrotarem Trump em uma disputa apertada.
 

A preocupação teria sido levada ao presidente por Hillary Clinton, que perdeu para o republicano em 2016, segundo a NBC. Em encontro com Biden neste mês, ela teria pressionado para que ele leve a ameaça a sério e tenha um plano para lidar com o problema.
 

Estariam os dois partidos tentando perder a eleição? Essa é a pergunta que o lobista Bruce Mehlman, da Mehlman Consulting, faz em uma análise política divulgada nesta semana.
 

Além da idade do presidente, o lobista cita como pontos fracos seu alto índice de rejeição -58%, segundo pesquisa de agosto do The Wall Street Journal- e o foco de democratas em temas em que o partido tem posições impopulares, como violência e imigração.
 

Do lado republicano, os problemas elencados são os processos na Justiça contra Trump, sua rejeição, também em 58%, e a posição do partido sobre o aborto -tema no qual é a vez dos republicanos serem impopulares, como mostraram as eleições de meio de mandato no final do ano passado.
 

"Trump vence se a eleição for um referendo sobre Biden. Biden vence se for um referendo sobre Trump", sintetiza Mehlman.

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Morre aos 82 anos Michael Gambon, ator que fez Dumbledore na saga Harry Potter

  • Bahia Notícias
  • 28 Set 2023
  • 15:25h

Foto: Divulgação

O ator Michael Gambon morreu aos 82 anos nesta quinta-feira (28). Ele ficou conhecido por interpretar Alvo Dumbledore na saga Harry Potter nos cinemas.

A informação foi confirmada pela família do ator em uma declaração. De acordo com a agência de notícias PA Media, ele morreu "pacificamente no hospital".

"Estamos arrasados em anunciar a perda de Sir Michael Gambon", disse a declaração. Michael Gambon nasceu em Dublin, na Irlanda.

Inundações após chuvas torrenciais deixaram até 2 mil mortos na Líbia, estimam autoridades

  • g1
  • 12 Set 2023
  • 13:10h

Foto: HMZA HMD via REUTERS

As chuvas na Líbia podem ter deixado até 2 mil mortos, estimou o chefe do governo oriental, Osama Hamad, nesta segunda-feira (11). A situação é mais grave na cidade portuária de Derna, onde barragens entraram em colapso.

Mais cedo, o chefe do grupo de ajuda humanitária do Crescente Vermelho na região havia dito que o número de mortos em Derna era de 150 e poderia chegar a 250.

As informações divulgadas pelo governo e órgãos líbios podem não ser precisas porque, desde 2011, o país está politicamente dividido entre leste e oeste. Por conta disso, os serviços públicos entraram em colapso. O governo internacionalmente reconhecido em Trípoli não controla as áreas orientais, o que dificulta a obtenção de dados na região.

Ahmed Mismari, porta-voz do Exército Nacional da Líbia (LNA), que controla o leste da Líbia, disse numa conferência de imprensa televisiva que o desastre ocorreu depois do colapso das barragens acima de Derna, "varrendo bairros inteiros com os seus residentes para o mar". Ele estima que o número de desaparecidos esteja entre 5 e 6 mil.

A tempestade Daniel varreu o Mediterrâneo no domingo (10), inundando estradas e destruindo edifícios em Derna, e atingindo outros assentamentos ao longo da costa, incluindo a segunda maior cidade da Líbia, Benghazi.

“Os desaparecidos estão na casa dos milhares e o número de mortos ultrapassa os 2.000”, disse Osama Hamad, chefe de uma administração paralela baseada no leste, à TV al-Masar. "Bairros inteiros de Derna desapareceram, juntamente com seus moradores... varridos pela água."

O parlamento da Líbia, com sede no leste, declarou três dias de luto. Abdulhamid al-Dbeibah, primeiro-ministro do governo interino de Trípoli, também declarou três dias de luto em todas as cidades afetadas, chamando-as de “áreas de desastre”.

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Um dia após terremoto histórico, cidades-fantasma no Marrocos ainda contam seus mortos

  • Por Ivan Finotti | Folhapress
  • 11 Set 2023
  • 10:06h

Foto: Reprodução / Youtube

No deserto vermelho, pedregoso e com árvores de folhas pequenas que se estende ao sul de Marrakech fica o epicentro do terremoto de magnitude 6.8 que matou mais de 2.100 pessoas no Marrocos.
 

Em direção à cadeia montanhosa do Alto Atlas, a estrada R203 vai aos poucos se estreitando, passando de uma pista dupla para uma via só, ainda que carros e motos continuem dividindo a mesma faixa ao irem e virem.
 

De repente, um vilarejo surge ao longe, parcialmente arrasado, com algumas casas como que se equilibrando nos escombros. Chama-se Azro, onde viviam apenas 150 pessoas. Duas morreram esmagadas por sua casa, um homem de 70 anos e seu filho. Agora o vilarejo está vazio.
 

Siomar Macod, 63, teve melhor sorte. Quebrou um braço na noite de sexta e, até a tarde deste domingo (10), continuava sem tratamento nenhum. Ele aponta, à distância: "Perto da mesquita caiu tudo."

Macod vivia com outros seis familiares quando o chão passou a tremer na noite de sexta. "Peguei duas crianças, uma em cada mão, e saí correndo pela porta", contou à Folha.
 

O tremor, apesar de ter durado menos de um minuto, foi tão forte que o derrubou em plena fuga e, para não soltar as crianças, ele caiu na terra batida em cima do braço esquerdo. Não havia luz fora das casas do lugarejo. "E as pessoas estavam dormindo, era tarde [23h11 no horário local]", recordou.
 

Macod tem quatro dentes e jamais viveu em lugar algum que não Azro. Agora, ele e seus 150 vizinhos moram em tendas improvisadas à beira da estrada, onde estimam que passarão os próximos meses.
 

Aldeias como essa, miseráveis e com menos de 300 habitantes pipocam pelas montanhas. Em cada uma morreram cinco, dez, quinze pessoas. Tornaram-se cidades-fantasma. A reportagem percorreu quatro delas neste domingo.
 

Na vila de M´Bark Makhchouni, foram cinco mortos. "Morava com minha mãe, irmã e três crianças", ele explicou. "Saímos da casa em segurança, mas, dez minutos depois, ela desabou."
 

Makhchouni trabalha com turismo. Fala árabe, francês, inglês, um pouco de espanhol e algumas palavras de português, pois costuma levar brasileiros às montanhas. Mas não sabe escrever em língua nenhuma. Makhchouni tem 60 anos e aparenta mais de 80.
 

A R203 segue, e uma placa de trânsito triangular traz o preocupante desenho de uma montanha com rochas caindo. Escarpas de pedra espremem os carros cada vez mais, de ambos os lados. Muitos são Mercedes sobreviventes dos anos 1980 e 1990. Alguns lideram comboios com um caixão com a bandeira do reino de Marrocos em cima, e a fila de carros segue com o pisca-alerta ligado.
 

O rei de Marrocos, Mohammed 6º, solicitou que uma comissão de serviços de socorro fornecesse cuidados, alojamento e alimentação aos seus súditos. Ele também ordenou que mesquitas em todo o país realizassem cerimônias fúnebres, conhecidas como orações Janazah, em memória dos mortos.
 

As orações são ouvidas por todos nas grandes cidades, uma vez que as mesquitas mais importantes possuem aparelhagem de som potente e com caixas acústicas viradas para fora, de forma a alcançar mesmo as pessoas que ficaram em suas casas.
 

Um comboio de dez caminhões do Exército marroquino, com cerca de 30 soldados cada um, impressiona e interrompe o tráfego. Um helicóptero pousa levantando poeira vermelha ao lado da estrada e um militar desce. O aparelho levanta voo.
 

Em Asni, representantes de 15 vilarejos da região se amontoam em volta de autoridades para deixarem seus nomes em um caderno de brochura. Eles receberão comida às 18h, dizem, e cada um deles levará a sua parte para a comunidade. Mas há centenas de pessoas em volta. Os oficiais não sabem o que fazer.
 

Hmaid não diz o sobrenome, mas conta que cerca de 200 pessoas morreram nessas aldeias. Em instantes, dezenas de pessoas circundam a reportagem, pois acreditam que o bloco de anotações do jornal pode ser outro caderno onde devem se inscrever.
 

Ali há pelo menos uma centena de barracas azuis montadas pelas equipes de socorro. A maioria dos homens usa a djellaba, tradicional veste marroquina. São largas, compridas e com mangas grandes, amarelas, brancas, azuis, bege. Os jovens não; esses vestem camisetas de times de futebol.
 

Construção em Moulay Brahim, ao sul de Marrakech, no Marrocos Ivan Finotti/Folhapress **** Em Moulay Brahim, o trabalho de resgate começou na véspera. Ali, famílias estão em um campo de futebol, onde um acampamento foi improvisado. Os bombeiros estão liderando os esforços de resgate no local, mas alguns edifícios são perigosos demais para as equipes entrarem.
 

Há jornalistas de várias nacionalidades na cidadezinha, mas poucos arriscam dizer o número de mortos. Para um morador ouvido pela reportagem, eles são 31.

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Passa de 800 o número de mortos após terremoto no Marrocos

  • g1
  • 09 Set 2023
  • 07:54h

Foto: Fadel Senna / AFP

O forte terremoto que atingiu o Marrocos na noite desta sexta-feira (8) - no horário do Brasil - já deixou 820 mortos e 672 feridos, de acordo com um balanço divulgado pelo Ministério do Interior para a TV estatal. O número de vítimas, porém, não é definitivo e pode aumentar, segundo as mesmas autoridades.

O tremor, de cerca de 15 segundos, danificou desde aldeias nas montanhas do Atlas até a cidade histórica de Marrakech.

O terremoto ocorreu por volta das 19h30 (de Brasília), atingiu magnitude 6,8 e aconteceu a uma profundidade de 18,5 km, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).

O epicentro do sismo ocorreu no alto das montanhas do Atlas, 70 km ao sul de Marrakech, onde se concentra o maior número de mortos. A região também fica perto de Toubkal, o pico mais alto do Norte da África, e de Oukaimeden, uma popular estação de esqui marroquina.

As províncias mais atingidas foram Al Haouz, Ouarzazate, Marrakech, Azilal, Chichaoua e Taroudant.

Homens, mulheres e crianças permaneceram nas ruas em algumas cidades da região, temendo réplicas. Há também vídeos que mostram pessoas saindo de centros de compras, restaurantes e de edifícios residenciais.

Um segundo tremor, mais fraco, ocorreu 15 minutos depois, informaram as agências internacionais de notícias.

Segundo informações da agência de notícias Reuters, um oficial do país declarou que há dezenas de mortos em áreas de difícil acesso ao sul de Marrakech.

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Furacão causa duas mortes e deixa mais de 230 mil pessoas sem energia na Flórida

  • g1
  • 30 Ago 2023
  • 13:10h

Foto: Reprodução

Autoridades da Flórida anunciaram nesta quarta duas mortes por conta da passagem do furacão Idalia, que chegou nesta manhã ao estado.

Segundo a Patrulha Rodoviária da Flórida, duas pessoas morreram em acidentes de carro relacionados ao clima.

Em um dos casos, na região de Pasco, um homem de 40 anos morreu após perder o controle de seu carro por conta das chuvas e colidir com uma árvore.

A segunda morte ocorreu em Alachua. Lá, um homem de 59 anos que dirigia um carro também bateu em árvores em “condições extremamente chuvosas”.

Ambos morreram na hora, ainda segundo a patrulha rodoviária.

Enfermeira é condenada por matar sete bebês no Reino Unido: 'eu os matei de propósito'

  • g1
  • 18 Ago 2023
  • 14:06h

Foto: Cheshire Constabulary

Em um caso que comoveu o Reino Unido, uma enfermeira foi condenada nesta sexta-feira (18) por matar sete bebês em um hospital de Liverpool.

Segundo a condenação, a enfermeira Lucy Letby, de 33 anos, aplicou injeções de insulina e ar em bebês que estavam na UTI neonatal e ainda deu leite à força e sem prescrição às crianças no hospital Condessa de Chester, em Liverpool, entre 2015 e 2016.

Letby aguardava o julgamento, que durou dez meses, em liberdade e foi presa em sua casa nesta sexta.

A enfermeira também foi condenada por tentar matar outros seis bebês. Segundo a acusação, ela atacava os bebês durante plantões noturnos que fazia na UTI neonatal.

Entre as vítimas, disse a Promotoria, estavam dois irmãos gêmeos e um bebê prematuro que pesava menos de 1 kg.

Embora a condenação tenha saído nesta sexta, a sentença será lida na presença da condenada na segunda-feira (21), e, segundo fontes do caso ouvidas pela imprensa britânica, ela pode pegar prisão perpétua.

Ao longo do julgamento, ela negou as acusações e disse que a culpa da morte havia sido das condições de higiene do hospital. Porém, nesta sexta, a polícia diz ter encontrado em sua casa uma carta na qual ela admite os crimes e diz ter matado de propósito as crianças.

"Eu os matei de propósito", disse Letby no documento.

Sobe para 80 o número de mortos após os incêndios em ilha do Havaí

  • g1
  • 12 Ago 2023
  • 12:10h

Foto: Departamento de Terras e Recursos Naturais do Havaí/Reprodução via REUTERS

Os incêndios que atingiram a ilha de Maui, no Havaí, já vitimaram 80 pessoas, disseram as autoridades neste sábado (12).

Com esse número, esse se tornou o desastre natural mais mortífero da história do Havaí. Anteriormente, em 1960, um tsunami atingiu a maior das ilhas do arquipélago e matou 61 pessoas.

O governador do estado, Josh Green, havia alertado anteriormente que o número de mortos provavelmente aumentaria à medida que as operações de busca e resgate continuassem.

Autoridades alertaram ainda que equipes de busca com cães farejadores podem encontrar mais mortos.

As chamas destruíram mais de 1 mil construções e fez com que milhares de pessoas deixassem suas casas.

O incêndio de Lahaina que se espalhou do mato para a cidade ainda estava queimando, mas 85% contido, disse o condado anteriormente.

A ilha tem sirenes de emergência destinadas a alertar sobre desastres naturais e outras ameaças, mas investigações ainda não confirmaram se elas soaram durante o incêndio.

O chefe dos bombeiros do condado de Maui, Bradford Ventura, disse em uma coletiva de imprensa na quinta-feira que a velocidade do incêndio tornou "quase impossível" para os socorristas da linha de frente se comunicarem com os funcionários de gerenciamento de emergência que normalmente forneceriam ordens de evacuação em tempo real.

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Atentado suicida a bomba em comício político deixa 44 mortos no Paquistão

  • Folhapress
  • 31 Jul 2023
  • 13:03h

Foto: Reprodução / Freepik

Ao menos 44 pessoas morreram e 130 ficaram feridas neste domingo (30) após uma explosão durante um comício político na província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste do Paquistão. Riaz Anwar, representante local do Ministério da Saúde, disse haver, ainda, 17 pacientes em estado grave.

De acordo com Akhtar Hayat Gandapur, inspetor-geral da polícia na província próxima à fronteira com o Afeganistão, um membro do partido Jamiat Ulema-e-Islam (JUI-F), conhecido por elos com o islamismo radical na área de Bajaur, deveria discursar no local, "mas antes de ele chegar uma explosão aconteceu".

A sigla, que realizava o evento na cidade de Khar, como parte da campanha para as eleições no final do ano, acabou sendo alvo de um ataque suicida a bomba, ainda segundo Hayat à agência Reuters.

A maioria dos feridos foi levada a hospitais de Bajaur e áreas adjacentes, e os pacientes em estado grave foram transferidos para centros médicos na capital da província, Peshawar, por helicópteros militares.
 

"A tenda desabou [após a explosão], prendendo pessoas que tentavam escapar", disse Abdullah Khan, uma das testemunhas do ataque. "Havia confusão total, restos mortais e cadáveres espalhados."
 

O Paquistão tem observado um ressurgimento de ataques de militantes islâmicos desde o ano passado, quando um cessar-fogo entre o grupo Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP) e Islamabad foi rompido. No entanto, a maioria dos ataques recentes tem sido direcionada a forças de segurança.
 

O TTP, conhecido como o Talibã paquistanês, tem vínculos, mas não faz parte do mesmo grupo que retomou o poder no Afeganistão em 2021. Formada por radicais que querem substituir o atual governo por um regime islâmico linha-dura no Paquistão, a organização tem feito ataques cada vez mais constantes.
 

Nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque, mas o braço local do Estado Islâmico (EI) realizou ações recentes contra o JUI-F. No ano passado, o EI afirmou estar por trás de ataques contra estudiosos religiosos filiados à sigla, que possui uma rede de mesquitas e madrassas no norte e no oeste do país.
 

Os ataques se concentram nas regiões que fazem fronteira com o Afeganistão, e Islamabad, inclusive, diz que algumas das ofensivas são planejadas em território afegão, o que Cabul nega.
 

O atual premiê paquistanês, Shehbaz Sharif, condenou a explosão deste domingo, chamando-a de ataque ao processo democrático, e prometeu que os responsáveis serão punidos. A embaixada dos Estados Unidos em Islamabad e o ex-primeiro-ministro do Paquistão Imran Khan também repudiaram a ação.
 

Além de enfrentar um agravamento da situação de segurança desde que o Talibã retomou o poder no Afeganistão, o país lida com inflação e desemprego, que vêm se avolumando e podem ter levado cerca de 350 migrantes paquistaneses a morrer em um barco que naufragou em junho, em águas gregas.

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Putin ameaça atacar a Polônia, que integra a Otan

  • Jornal Nacional
  • 22 Jul 2023
  • 08:06h

Foto: Reprodução / Jornal Nacional

A Rússia bombardeou portos da Ucrânia pelo quarto dia seguido. E o presidente Vladimir Putin ameaçou atacar outro país na região: a Polônia.

Os grãos ucranianos, a nova frente de batalha entre a Rússia e a Ucrânia, correm o risco de escassear no mercado mundial. Há quatro dias, as forças russas bombardeiam a região de Odessa, de onde saíam os navios carregados. Só na última noite, segundo o governo ucraniano, foram destruídas 100 toneladas de ervilha e 20 de cevada.

Na segunda-feira (17), a Rússia se retirou do acordo de exportação dos grãos ucranianos, assinado há um ano com a intermediação da Turquia e das Nações Unidas. e ainda ameaçou atacar navios que tentem furar o bloqueio.

Vladimir Putin também ameaça abrir outra frente na guerra. Mercenários do grupo russo Wagner agora estão em Belarus, onde ajudam a treinar o Exército do principal aliado de Putin, a apenas 10 km da fronteira com a Polônia. E o governo polonês reagiu, reforçando as tropas na região.

Putin respondeu que a Polônia deve parte de seu território a Joseph Stalin, que libertou o país da ocupação nazista na Segunda Guerra Mundial.

Putin avisou que qualquer ataque a Belarus terá uma resposta imediata da Rússia, e ainda acusou a Polônia de querer aproveitar a guerra para tomar território da Ucrânia.